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domingo, 30 de novembro de 2008

Despedida...


Muita gente ainda não sabe, mas quinta-feira( 04/12) estou indo para os EUA. Passarei uns 3 ou 4 meses por lá, fazendo work experience.
Já estou aproveitando pra me despedir de todos os meus amigos com antecedência e aos poucos estou conseguindo falar com todo mundo antes de partir.
Pra falar a verdade a minha ficha ainda não caiu totalmente, nem parece que estou indo pra longe. Na minha cabeça é como se eu estivesse indo passar um final de semana em búzios.
Acho que só vai cair quando eu chegar lá e ver que tô lá mesmo, sem família e longe dos meus amigos!!!
Já até imagino a saudades que vou sentir...

Da minha família reunida na casa da vovó aos domingos vendo filme ou almoçando juntos.
Do Philipe pedindo pra gente brincar de pau no gato com ele, ou me chamando de Juliana cara de banana.
Das nights MARAVILHOSAS com minhas amigas e amigos que tanto amooo.
Das meninas do meu ex-trabalho, rindo e falando um monte de besteira pra passar o tempo e pra tentar não pensar em cota!
Das minhas primas que além de serem da família são minhas grandes amigas (nossa como sentirei saudades de vocês!!!)
Dos meus amigos dos primeiros períodos da faculdade e que são meus amigos até hoje!
Da praia de ipanema.....carioca sem praia durante quatro meses! acho que terei crise de abstinência e tudo na neve.
Dos meus pais que são muito importantes na minha vida.
Do meu irmãozinho brasileiro que tanto amo e ontem estava lá na despedida firme e forte, mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte.
De dançar até o chão...opa pera ai, isso e posso fazer lá!rs
Das reuniões do budismo que sempre são maravilhosas e incentivadoras!
Do açaí com granola
De falar com meu amigo Lucinho pra gastar meus minutos da claro, que sempre me faz sentir a pessoa mais especial do mundo e me faz rir horrores
Da minha afilhada linda Luiza e do meu afilhado de coração Huguinho!
De sair de havaianas e shortinho na rua
Dos sambas que hoje são minha GRANDE paixão!!!
De conhecer as namoradas novas do Gui...e ainda dizem que homem não quer nada sério. Esse leva a sério toda semana uma diferente.
Da minha amiga Manu e Elaine que estão sempre nas nights e nos momentos importantes da minha vida.
Da Domi que me liga e não me encontra e que eu ligo e não encontro...rs
Dos meus amigos de colégio que tenho contato até hoje...incrível!!!
Gente eu vou, mas juro que volto trazendo muitas novidades e muitas histórias novas pra contar! Quero aproveitar ao máximo essa viagem e me divertir horrores!!!Vou colocar as fotos no orkut e quero manter contato com todos.

Saiba que vocês são muito especiais na minha vida e morrerei de saudades de TODO MUNDO e de TODOS OS MOMENTOS!!!!
Em abril estarei de volta!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pé atrás

Conhecer pessoas nem sempre é uma tarefa simples, principalmente pra aquelas pessoas que estão sempre com o pé atrás.
Eu sou uma delas e sei que pé atrás não é uma coisa que nasce da noite pro dia, simplesmente você adquire durante suas experiências de vida. Quem já sofreu por amor, foi traído, sofreu com a perda de alguém querido, já foi enganado, roubado ou até mesmo deixou-se levar pela vida, sabe bem do que estou falando.
É um defeito ser assim?Pode ser que sim, pois deixamos o otimismo em stand by e nos focamos apenas em coisas concretas e objetivas. Quem é pé atrás tem mania de racionalizar e analisar tudo que acontece a sua volta, gosta de observar e conhecer, antes de tomar partido de alguma coisa ou até mesmo se entregar.
Apesar de toda cautela empreendida, ser desse jeito tem suas vantagens, pois poupa alguns sofrimentos e ameniza as decepções. Quem é pé atrás está sempre preparado para o melhor e para o pior, mas estar sempre desconfiado pode ser bem difícil também.
Quem vive com o pé atrás acaba deixando de enxergar coisas boas que acontecem e com isso perdem momentos únicos. Ser pé atrás é necessário em alguns momentos da vida, mas jamais deve ser constante deixando de acreditar no melhor das pessoas ou exagerado de forma que atrapalhe o seu desenvolvimento.
Dar a cara à tapa dói e pode ser bem arriscado, mas quem deixa de viver com medo de sofrer, sofre tanto quanto quem coloca o jogo na mesa e aposta todas as cartas querendo ganhar. A diferença é que quem não aposta tem como ganhar nunca.

domingo, 13 de julho de 2008

Indecisões que me acompanham


Desde pequena sempre tive dificuldade em tomar decisões. Sou muito determinada, mas meu lado emocional, até hoje, vive brigando com o meu lado racional e isso acaba me atrapalhando. Por exemplo: na hora em que o pipoqueiro perguntava se eu queria pipoca doce ou salgada, eu ficava na dúvida e acabava pedindo pra ele misturar as duas, colocando a salgada embaixo e a doce em cima com bastante leite condensado. Quando tenho que escolher entre dois filmes na locadora, acabo levando os dois ou alugando um no dia e o outro no dia seguinte. Até hoje, se chego numa loja e gosto muito de uma roupa ou de um sapato, fico um tempão namorando até me decidir. Aconteceu recentemente, com um vestido que eu vi num catálogo e demorei quase um mês pra querer realmente comprá-lo. Para minha grande surpresa e decepção o vestido já tinha acabado em todas as lojas. A última grande decisão que tive que tomar era relacionada à minha vida profissional. Pensei muito e acabei recusando a proposta que me foi feita com medo de não dar conta do recado. Depois de uma semana, comecei a analisar direitinho e lembrei de uma frase que ouvi outro dia numa reunião budista: “Por mais que você não esteja escalando a montanha que você quer, esforce-se ao máximo e suba até o topo, pois quando você for escalar a sua montanha já estará com os músculos fortalecidos”. Conclusão da história: me arrependi . E acho que poderia ter arriscado, pois só existem duas possibilidades na vida: ou dá certo ou não dá. Se der, ótimo. Se não der, ninguém sairá perdendo. Muito pelo contrário, somos capazes de aprender, às vezes[B2] , até mais com nossos erros do que com os acertos. Acho que, depois disso, acabei me fortalecendo e vendo que a vida é isso: inconstante e cheia de desafios que nos testam diariamente. Só que, agora, estou quase numa sinuca de beco, pois a decisão que tenho que tomar envolve outra pessoa e muitos sentimentos. Sinto-me como se estivesse num nível mais elevado do jogo. E esta seria a hora em que eu venceria e mudaria de fase, ou cairia num abismo e voltaria para o início. Essa, provavelmente, será uma semana em que meu pensamento não estará presente em todos os lugares nos quais eu estiver. É como se o tempo estivesse passando rápido demais e ao mesmo tempo lento para decidir uma coisa tão complicada. Quero muito tomar a decisão correta. Desta vez, não dá para experimentar a pipoca dos dois sabores ou levar os dois filmes pra casa. Não quero magoar outra pessoa nem tão pouco desvalorizar seus sentimentos prolongando o tempo de espera, por causa de uma indecisão minha. E não quero mais levá-la como obstáculo para a fase seguinte da minha vida.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um dia de vagabunda


Desculpem a demora em vir postar aqui novamente, mas essa vida de trabalhadora está encurtando meus momentos de lazer.
Há pouco mais de um mês comecei a trabalhar e como todo emprego requer um pouco de determinação, paciência e alguns finais de semana, estou eu me esforçando ao máximo pra que dê tudo certo.
Aos domingo geralmente rola o tradicional almoço em família e eu adoro participar porque apesar de morar perto às vezes passo duas semanas sem ver uma prima e nessas ocasiões a gente aproveita pra colocar o papo em dia ou ver um filme.
Diferente dos outros domingos, nesse, eu fui escalada para trabalhar e o pior é que era um desses dias de chuvinha, que só dá vontade de comer brigadeiro com pipoca e se esconder atrás de um edredom.
Como só trabalhei à tarde deu pra almoçar com a família, mas não rolou filminho nem papo depois do almoço. Peguei minha bolsa e meu guarda-chuva e fui à luta, saindo de fininho antes que alguém percebesse e falasse : “Fica Ju!”. Sinceramente não precisava nem falar duas vezes, bastava ouvir essa frase uma vez que eu me renderia à tentação e ficaria por lá mesmo.
Como meu lado responsável falou mais alto acabei indo sem me despedir de ninguém. Chegando no ponto de ônibus estava deserto, pelo visto todos estavam fazendo o que eu queria fazer: Ficar em casa!
Vários carros que passavam me molharam por causa das poças de chuva e o ônibus demorou à beça pra passar.
Cheguei no trabalho com um sono incrível e sem nenhuma vontade de trabalhar, mas com o passar das horas foi melhorando e vi que faltava pouco pra me embrulhar no meu edredom.
No dia seguinte em compensação me dei ao direito de fazer tudo que uma pessoa vagabunda pode fazer.
Acordei às 11h da manhã e como não tinha nada pra fazer continuei deitada na cama assistindo desenho animado. Nossa! Como isso me lembrou os tempos de infância quando ficava em casa assistindo Tom e Jerry, Os Jetsons, Cavalo de Fogo, Caverna do Dragão, etc. Depois da sessão desenho, almocei, arrumei meu armário e fiz uns trabalhos da faculdade. À tarde é claro que não poderia faltar o velho lanchinho acompanhado da sessão da tarde, assim que acabou o filme “inédito”, acabei pegando no sono e só acordei à noite na hora da aula. Que inclusive deixei de ir porque ia rolar um rodízio de crepes na casa do meu tio.
Imagina só se meu dia de vagabundagem ia acabar numa sala de aula até às onze da noite sentada em frente à um computador, ouvindo um professor?
É claro que dessa vez resolvi dar razão ao meu lado irresponsável e me dar ao luxo de terminar em grande estilo meu dia tão perfeito, sem nenhum arrependimento ou consciência pesada, muito pelo contrário, resolvi que de hoje em diante terei mais dias como esse para lembrar como as coisas simples da vida podem ser tão boas.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Até que a morte nos separe

O dia do casamento é para a maioria das mulheres um dia inesquecível, de muito glamour e muita choradeira. Nesse dia o noivo e todo o resto são meros figurantes, pois todos os olhares estão voltados para a linda mulher de branco que atravessa o tapete vermelho segurando um buquê de flores.
Na hora é uma emoção tão grande que os noivos nem devem se dar conta da grandiosidade do juramento que estão fazendo.
Como assim será que eles não escutaram que devem ficar juntos até que a morte os separe?
Das duas uma ou estão apaixonados demais que concordam com qualquer coisa que lhes perguntarem naquele momento, ou já estão preparados para dizer sim, pois aquela é uma pergunta apenas para formalizar a união e que no fundo não precisam seguir à risca.
Demora-se tanto para organizar um casamento perfeito e a festa é uma das partes mais divertidas, mas e depois de toda aquela cerimônia?
Será que alguém pensa antes de casar o quão difícil é manter uma relação e conviver com outra pessoa diariamente?
Eu até imagino como deve ser bom para o casal que está perdidamente apaixonado acordar todo dia ao lado da pessoa que ama, poder compartilhar o dia sem que a conta telefônica chegue monstruosa no final do mês, ter companhia para assistir filmes no dvd, poder comer pipoca agarradinho, falar o que quiser sem ter que fazer média e o melhor: Ter sempre companhia na hora de dormir.
Parece o máximo e pensando assim dá até vontade de casar, mas estamos tão acostumados com comédias românticas e novelas que achamos que o final feliz depende do casamento e na realidade não é bem assim.
Nem tudo são flores, porque na relação rel não existem duas almas gêmeas perfeitas que se amem incondicionalmente, fazendo tudo parecer um conto de fadas. Num relacionamento de verdade existem dois seres humanos com defeitos e qualidades, problemas e alegrias, assim como todo mundo.
Ou seja nem tudo é do jeito que a gente quer ou acha que quer, às vezes você acorda de mau humor e se dá conta de que não é legal sentir o bafo de outra pessoa no seu cangote, às vezes você chega em casa tão cansado do trabalho que não está afim de ficar compartilhando o seu dia com outra pessoa, quer mais deitar e dormir, pode ser que vire uma rotina ficar em casa assistindo dvd com uma pessoa que você já tem contato todo dia, às vezes a pipoca não é tão saborosa porque você sabe que está precisando fazer uma dieta. Nem tudo são flores, afinal de conta somos seres humanos e de vez em quando tudo que queremos é ficar no nosso canto sozinhos.
Chega uma época em que tudo cansa, as piadas dele já não são tão divertidas, ela já não se cuida mais como antigamente, o jeito moleque dele deixa de ser charmoso e vira um desrespeito, pois ele nunca quer discutir a relação e ela vira uma chata querendo discutir a relação o tempo inteiro.
Quando o momento de crise se instala tudo parece muito mais complicado e muito menos suportável, mas pra superar qualquer coisa precisamos ser no mínimo racionais e nos dar conta de que a vida não é um conto de fadas e nem tão pouco uma novela, mas nem por isso precisa ser chata.
Existem outras coisas no casamento que valem muito mais a pena do que ficar se cobrando o tempo inteiro perfeccionismo, porque ninguém é perfeito. Qual seria a graça se não existissem as falhas?
Eu por exemplo vivo aprendendo com meus defeitos que são inúmeros, mas eu tento diariamente fazer com que eles se tornem qualidades a meu favor.
Sei que é difícil acreditar que o jeito descuidado dele quando deixa a toalha molhada em cima da cama e que o jeito dela de falar que nem uma matraca sem parar irão se transformar em qualidades num passe de mágica, mas também não adianta ficar quebrando a cabeça pensando num jeito de mudar o defeito do seu marido ou da sua esposa.
As pessoas mudam por elas e não por alguém, a transformação por causa de outra pessoa até acontece mas ela é provisória e logo volta a ser um defeito.Sabe quando ele vai deixar de colocar a toalha molhada em cima da cama?
Pode ter certeza que não é porque você repete umas cinco ou dez vezes por dia a mesma coisa e sim quando ele sentir que ao deixar a toalha em cima da cama ele vai ter que dormir em cima de uma cama molhada.
Ela só vai parar de falar igual a uma chata sem parar quando perceber que isso não estimula ninguém muito pelo contrário, só faz com que o outro se afaste.
Não existe receita para um bom casamento e se existisse pode ter certeza que a pessoa que inventasse seria milionária.
Então, ao invés de basear seu casamento em finais felizes, livros de auto-ajuda, ou novelas, vivam e deixem viver, a liberdade é essencial para qualquer relacionamento.
Acho que até os diretores de cinema já perceberam isso e estão inovando neste sentido. No filme infantil Sherek, por exemplo, a história de amor acontece entre dois seres completamente distintos.
Quem sabe a partir daí a próxima geração vai ser mais realista e descobrir que todo Ogro pode ter seu lado príncipe e uma linda princesa pode ter seu lado Ogra e ainda assim podem ser perfeitos um para o outro sem serem perfeitos.

Até que a morte nos separe

O dia do casamento é para a maioria das mulheres um dia inesquecível, de muito glamour e muita choradeira. Nesse dia o noivo e todo o resto são meros figurantes, pois todos os olhares estão voltados para a linda mulher de branco que atravessa o tapete vermelho segurando um buquê de flores.
Na hora é uma emoção tão grande que os noivos nem devem se dar conta da grandiosidade do juramento que estão fazendo.
Como assim será que eles não escutaram que devem ficar juntos até que a morte os separe?
Das duas uma ou estão apaixonados demais que concordam com qualquer coisa que lhes perguntarem naquele momento, ou já estão preparados para dizer sim, pois aquela é uma pergunta apenas para formalizar a união e que no fundo não precisam seguir à risca.
Demora-se tanto para organizar um casamento perfeito e a festa é uma das partes mais divertidas, mas e depois de toda aquela cerimônia?
Será que alguém pensa antes de casar o quão difícil é manter uma relação e conviver com outra pessoa diariamente?
Eu até imagino como deve ser bom para o casal que está perdidamente apaixonado acordar todo dia ao lado da pessoa que ama, poder compartilhar o dia sem que a conta telefônica chegue monstruosa no final do mês, ter companhia para assistir filmes no dvd, poder comer pipoca agarradinho, falar o que quiser sem ter que fazer média e o melhor: Ter sempre companhia na hora de dormir.
Parece o máximo e pensando assim dá até vontade de casar, mas estamos tão acostumados com comédias românticas e novelas que achamos que o final feliz depende do casamento e na realidade não é bem assim.
Nem tudo são flores, porque na relação rel não existem duas almas gêmeas perfeitas que se amem incondicionalmente, fazendo tudo parecer um conto de fadas. Num relacionamento de verdade existem dois seres humanos com defeitos e qualidades, problemas e alegrias, assim como todo mundo.
Ou seja nem tudo é do jeito que a gente quer ou acha que quer, às vezes você acorda de mau humor e se dá conta de que não é legal sentir o bafo de outra pessoa no seu cangote, às vezes você chega em casa tão cansado do trabalho que não está afim de ficar compartilhando o seu dia com outra pessoa, quer mais deitar e dormir, pode ser que vire uma rotina ficar em casa assistindo dvd com uma pessoa que você já tem contato todo dia, às vezes a pipoca não é tão saborosa porque você sabe que está precisando fazer uma dieta. Nem tudo são flores, afinal de conta somos seres humanos e de vez em quando tudo que queremos é ficar no nosso canto sozinhos.
Chega uma época em que tudo cansa, as piadas dele já não são tão divertidas, ela já não se cuida mais como antigamente, o jeito moleque dele deixa de ser charmoso e vira um desrespeito, pois ele nunca quer discutir a relação e ela vira uma chata querendo discutir a relação o tempo inteiro.
Quando o momento de crise se instala tudo parece muito mais complicado e muito menos suportável, mas pra superar qualquer coisa precisamos ser no mínimo racionais e nos dar conta de que a vida não é um conto de fadas e nem tão pouco uma novela, mas nem por isso precisa ser chata.
Existem outras coisas no casamento que valem muito mais a pena do que ficar se cobrando o tempo inteiro perfeccionismo, porque ninguém é perfeito. Qual seria a graça se não existissem as falhas?
Eu por exemplo vivo aprendendo com meus defeitos que são inúmeros, mas eu tento diariamente fazer com que eles se tornem qualidades a meu favor.
Sei que é difícil acreditar que o jeito descuidado dele quando deixa a toalha molhada em cima da cama e que o jeito dela de falar que nem uma matraca sem parar irão se transformar em qualidades num passe de mágica, mas também não adianta ficar quebrando a cabeça pensando num jeito de mudar o defeito do seu marido ou da sua esposa.
As pessoas mudam por elas e não por alguém, a transformação por causa de outra pessoa até acontece mas ela é provisória e logo volta a ser um defeito.Sabe quando ele vai deixar de colocar a toalha molhada em cima da cama?
Pode ter certeza que não é porque você repete umas cinco ou dez vezes por dia a mesma coisa e sim quando ele sentir que ao deixar a toalha em cima da cama ele vai ter que dormir em cima de uma cama molhada.
Ela só vai parar de falar igual a uma chata sem parar quando perceber que isso não estimula ninguém muito pelo contrário, só faz com que o outro se afaste.
Não existe receita para um bom casamento e se existisse pode ter certeza que a pessoa que inventasse seria milionária.
Então, ao invés de basear seu casamento em finais felizes, livros de auto-ajuda, ou novelas, vivam e deixem viver, a liberdade é essencial para qualquer relacionamento.
Acho que até os diretores de cinema já perceberam isso e estão inovando neste sentido. No filme infantil Sherek, por exemplo, a história acontece entre dois seres completamente diferentes fisicamente, mas que têm um grande sentimento em comum: O amor.
Quem sabe a partir de histórias como essa a próxima geração vai ser mais realista e descobrir que todo Ogro pode ter seu lado príncipe e uma linda princesa pode ter seu lado Ogra e ainda assim podem ser perfeitos um para o outro sem serem perfeitos.

Um pouquinho de Martha

"(...) Quem procura palavras para se decifrar está buscando autenticar uma farsa. É sempre um parto difícil, induzido, e não se sabe o que vamos ter que adotar como nosso até o fim da vida. Quanta responsabilidade, identificar-se! "Esta sou eu, muito prazer. Sinto isso, gosto daquilo, sou contra, sou a favor..." É uma idiotice delimitar-se através das preferências e opiniões. E depois morrer justificando estas escolhas que foram apenas casuais, oportunas, aparecíveis num determinado momento, mas nunca para sempre. Que sorte têm os tolos, os desprovidos de inteligência, que não fazem a menor questão de saber quem são e muito menos de propagar sua descoberta. Quanta angústia poupada, quanto motivo para continuar sorrindo..."

Martha Medeiros

quarta-feira, 19 de março de 2008

Traições a parte

Sou muito observadora e além disso gosto de ouvir boas histórias, deve ser por isso que nessas últimas semanas escutei muito sobre casos extra-conjugais.
Estava eu em plena sexta-feira, sentada no bar perto da faculdade com um grupo de amigos e um dos meninos que estavam na mesa se declarou gay. Não fiquei muito surpresa porque a voz dele deixava a desejar, mas fisicamente me parecia bem masculino. Conversa vai e cerveja vem ele contou que era casado há 10 anos com um outro cara e que esse marido dele viajava muito a trabalho. Eles se davam muito bem e a relação era ótima, porém ainda assim havia traição, pelo menos da parte dele.
Ele disse que nunca acreditou em fidelidade e que uma relação não precisa ser monogâmica para ser verdadeira.
Sempre que alguém me confessa que é infiel ainda fico um pouco chocada, até porque só nesse mês já ouvi uns quatro casos diferentes de traição em bares, no salão, na rua, no ônibus, enfim ando ouvindo muito por aí sobre casinhos fora do relacionamento. Era até de se esperar que eu estivesse habituada depois de ouvir tantas histórias, mas ainda não me acostumei e nem estou pretendendo.
Esses dias li no jornal uma frase de um filósofo, que não lembro o nome, mas ele dizia basicamente que trair é só um pouco menos mal do que sentir o desejo por outra pessoa, porque sentir e não fazer é trair a si mesmo.
Confesso que essa frase me fez refletir se esse meu novo amigo do bar e todas as outras pessoas que traem não estavam apenas sendo sinceras consigo mesmas e dando atenção aos seus desejos. Perdoável ou não, só sei que essa coisa de traição gera sentimentos desconhecidos que nos fazem ser muito menos racionais do que de costume, não existe uma equação ou fórmula com respostas certas e erradas, não há como questionar ou tentar entender os sentimentos, apenas sentí-los.