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terça-feira, 15 de abril de 2008

Até que a morte nos separe

O dia do casamento é para a maioria das mulheres um dia inesquecível, de muito glamour e muita choradeira. Nesse dia o noivo e todo o resto são meros figurantes, pois todos os olhares estão voltados para a linda mulher de branco que atravessa o tapete vermelho segurando um buquê de flores.
Na hora é uma emoção tão grande que os noivos nem devem se dar conta da grandiosidade do juramento que estão fazendo.
Como assim será que eles não escutaram que devem ficar juntos até que a morte os separe?
Das duas uma ou estão apaixonados demais que concordam com qualquer coisa que lhes perguntarem naquele momento, ou já estão preparados para dizer sim, pois aquela é uma pergunta apenas para formalizar a união e que no fundo não precisam seguir à risca.
Demora-se tanto para organizar um casamento perfeito e a festa é uma das partes mais divertidas, mas e depois de toda aquela cerimônia?
Será que alguém pensa antes de casar o quão difícil é manter uma relação e conviver com outra pessoa diariamente?
Eu até imagino como deve ser bom para o casal que está perdidamente apaixonado acordar todo dia ao lado da pessoa que ama, poder compartilhar o dia sem que a conta telefônica chegue monstruosa no final do mês, ter companhia para assistir filmes no dvd, poder comer pipoca agarradinho, falar o que quiser sem ter que fazer média e o melhor: Ter sempre companhia na hora de dormir.
Parece o máximo e pensando assim dá até vontade de casar, mas estamos tão acostumados com comédias românticas e novelas que achamos que o final feliz depende do casamento e na realidade não é bem assim.
Nem tudo são flores, porque na relação rel não existem duas almas gêmeas perfeitas que se amem incondicionalmente, fazendo tudo parecer um conto de fadas. Num relacionamento de verdade existem dois seres humanos com defeitos e qualidades, problemas e alegrias, assim como todo mundo.
Ou seja nem tudo é do jeito que a gente quer ou acha que quer, às vezes você acorda de mau humor e se dá conta de que não é legal sentir o bafo de outra pessoa no seu cangote, às vezes você chega em casa tão cansado do trabalho que não está afim de ficar compartilhando o seu dia com outra pessoa, quer mais deitar e dormir, pode ser que vire uma rotina ficar em casa assistindo dvd com uma pessoa que você já tem contato todo dia, às vezes a pipoca não é tão saborosa porque você sabe que está precisando fazer uma dieta. Nem tudo são flores, afinal de conta somos seres humanos e de vez em quando tudo que queremos é ficar no nosso canto sozinhos.
Chega uma época em que tudo cansa, as piadas dele já não são tão divertidas, ela já não se cuida mais como antigamente, o jeito moleque dele deixa de ser charmoso e vira um desrespeito, pois ele nunca quer discutir a relação e ela vira uma chata querendo discutir a relação o tempo inteiro.
Quando o momento de crise se instala tudo parece muito mais complicado e muito menos suportável, mas pra superar qualquer coisa precisamos ser no mínimo racionais e nos dar conta de que a vida não é um conto de fadas e nem tão pouco uma novela, mas nem por isso precisa ser chata.
Existem outras coisas no casamento que valem muito mais a pena do que ficar se cobrando o tempo inteiro perfeccionismo, porque ninguém é perfeito. Qual seria a graça se não existissem as falhas?
Eu por exemplo vivo aprendendo com meus defeitos que são inúmeros, mas eu tento diariamente fazer com que eles se tornem qualidades a meu favor.
Sei que é difícil acreditar que o jeito descuidado dele quando deixa a toalha molhada em cima da cama e que o jeito dela de falar que nem uma matraca sem parar irão se transformar em qualidades num passe de mágica, mas também não adianta ficar quebrando a cabeça pensando num jeito de mudar o defeito do seu marido ou da sua esposa.
As pessoas mudam por elas e não por alguém, a transformação por causa de outra pessoa até acontece mas ela é provisória e logo volta a ser um defeito.Sabe quando ele vai deixar de colocar a toalha molhada em cima da cama?
Pode ter certeza que não é porque você repete umas cinco ou dez vezes por dia a mesma coisa e sim quando ele sentir que ao deixar a toalha em cima da cama ele vai ter que dormir em cima de uma cama molhada.
Ela só vai parar de falar igual a uma chata sem parar quando perceber que isso não estimula ninguém muito pelo contrário, só faz com que o outro se afaste.
Não existe receita para um bom casamento e se existisse pode ter certeza que a pessoa que inventasse seria milionária.
Então, ao invés de basear seu casamento em finais felizes, livros de auto-ajuda, ou novelas, vivam e deixem viver, a liberdade é essencial para qualquer relacionamento.
Acho que até os diretores de cinema já perceberam isso e estão inovando neste sentido. No filme infantil Sherek, por exemplo, a história de amor acontece entre dois seres completamente distintos.
Quem sabe a partir daí a próxima geração vai ser mais realista e descobrir que todo Ogro pode ter seu lado príncipe e uma linda princesa pode ter seu lado Ogra e ainda assim podem ser perfeitos um para o outro sem serem perfeitos.

Até que a morte nos separe

O dia do casamento é para a maioria das mulheres um dia inesquecível, de muito glamour e muita choradeira. Nesse dia o noivo e todo o resto são meros figurantes, pois todos os olhares estão voltados para a linda mulher de branco que atravessa o tapete vermelho segurando um buquê de flores.
Na hora é uma emoção tão grande que os noivos nem devem se dar conta da grandiosidade do juramento que estão fazendo.
Como assim será que eles não escutaram que devem ficar juntos até que a morte os separe?
Das duas uma ou estão apaixonados demais que concordam com qualquer coisa que lhes perguntarem naquele momento, ou já estão preparados para dizer sim, pois aquela é uma pergunta apenas para formalizar a união e que no fundo não precisam seguir à risca.
Demora-se tanto para organizar um casamento perfeito e a festa é uma das partes mais divertidas, mas e depois de toda aquela cerimônia?
Será que alguém pensa antes de casar o quão difícil é manter uma relação e conviver com outra pessoa diariamente?
Eu até imagino como deve ser bom para o casal que está perdidamente apaixonado acordar todo dia ao lado da pessoa que ama, poder compartilhar o dia sem que a conta telefônica chegue monstruosa no final do mês, ter companhia para assistir filmes no dvd, poder comer pipoca agarradinho, falar o que quiser sem ter que fazer média e o melhor: Ter sempre companhia na hora de dormir.
Parece o máximo e pensando assim dá até vontade de casar, mas estamos tão acostumados com comédias românticas e novelas que achamos que o final feliz depende do casamento e na realidade não é bem assim.
Nem tudo são flores, porque na relação rel não existem duas almas gêmeas perfeitas que se amem incondicionalmente, fazendo tudo parecer um conto de fadas. Num relacionamento de verdade existem dois seres humanos com defeitos e qualidades, problemas e alegrias, assim como todo mundo.
Ou seja nem tudo é do jeito que a gente quer ou acha que quer, às vezes você acorda de mau humor e se dá conta de que não é legal sentir o bafo de outra pessoa no seu cangote, às vezes você chega em casa tão cansado do trabalho que não está afim de ficar compartilhando o seu dia com outra pessoa, quer mais deitar e dormir, pode ser que vire uma rotina ficar em casa assistindo dvd com uma pessoa que você já tem contato todo dia, às vezes a pipoca não é tão saborosa porque você sabe que está precisando fazer uma dieta. Nem tudo são flores, afinal de conta somos seres humanos e de vez em quando tudo que queremos é ficar no nosso canto sozinhos.
Chega uma época em que tudo cansa, as piadas dele já não são tão divertidas, ela já não se cuida mais como antigamente, o jeito moleque dele deixa de ser charmoso e vira um desrespeito, pois ele nunca quer discutir a relação e ela vira uma chata querendo discutir a relação o tempo inteiro.
Quando o momento de crise se instala tudo parece muito mais complicado e muito menos suportável, mas pra superar qualquer coisa precisamos ser no mínimo racionais e nos dar conta de que a vida não é um conto de fadas e nem tão pouco uma novela, mas nem por isso precisa ser chata.
Existem outras coisas no casamento que valem muito mais a pena do que ficar se cobrando o tempo inteiro perfeccionismo, porque ninguém é perfeito. Qual seria a graça se não existissem as falhas?
Eu por exemplo vivo aprendendo com meus defeitos que são inúmeros, mas eu tento diariamente fazer com que eles se tornem qualidades a meu favor.
Sei que é difícil acreditar que o jeito descuidado dele quando deixa a toalha molhada em cima da cama e que o jeito dela de falar que nem uma matraca sem parar irão se transformar em qualidades num passe de mágica, mas também não adianta ficar quebrando a cabeça pensando num jeito de mudar o defeito do seu marido ou da sua esposa.
As pessoas mudam por elas e não por alguém, a transformação por causa de outra pessoa até acontece mas ela é provisória e logo volta a ser um defeito.Sabe quando ele vai deixar de colocar a toalha molhada em cima da cama?
Pode ter certeza que não é porque você repete umas cinco ou dez vezes por dia a mesma coisa e sim quando ele sentir que ao deixar a toalha em cima da cama ele vai ter que dormir em cima de uma cama molhada.
Ela só vai parar de falar igual a uma chata sem parar quando perceber que isso não estimula ninguém muito pelo contrário, só faz com que o outro se afaste.
Não existe receita para um bom casamento e se existisse pode ter certeza que a pessoa que inventasse seria milionária.
Então, ao invés de basear seu casamento em finais felizes, livros de auto-ajuda, ou novelas, vivam e deixem viver, a liberdade é essencial para qualquer relacionamento.
Acho que até os diretores de cinema já perceberam isso e estão inovando neste sentido. No filme infantil Sherek, por exemplo, a história acontece entre dois seres completamente diferentes fisicamente, mas que têm um grande sentimento em comum: O amor.
Quem sabe a partir de histórias como essa a próxima geração vai ser mais realista e descobrir que todo Ogro pode ter seu lado príncipe e uma linda princesa pode ter seu lado Ogra e ainda assim podem ser perfeitos um para o outro sem serem perfeitos.

Um pouquinho de Martha

"(...) Quem procura palavras para se decifrar está buscando autenticar uma farsa. É sempre um parto difícil, induzido, e não se sabe o que vamos ter que adotar como nosso até o fim da vida. Quanta responsabilidade, identificar-se! "Esta sou eu, muito prazer. Sinto isso, gosto daquilo, sou contra, sou a favor..." É uma idiotice delimitar-se através das preferências e opiniões. E depois morrer justificando estas escolhas que foram apenas casuais, oportunas, aparecíveis num determinado momento, mas nunca para sempre. Que sorte têm os tolos, os desprovidos de inteligência, que não fazem a menor questão de saber quem são e muito menos de propagar sua descoberta. Quanta angústia poupada, quanto motivo para continuar sorrindo..."

Martha Medeiros