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domingo, 30 de agosto de 2009

Efeito lerdeza

Hoje acordei muito lerdinha, acho que foi efeito da noite de ontem.Em breve quando eu estiver mais normal posto um texto sobre as maluquices de ontem.
Pra vocês terem noção, minhas pernas doem tanto que tá pior do que quando a gente vai pela primeira vez na academia. To andando igual a um caubói montado em seu cavalo.
Agora a noite mesmo estava no msn com algumas pessoas e mal conseguia escrever e formular meus pensamentos, no meio disso uma amiga liga pro meu celular e fala:
-Oi Ju.
Eu atendo e falo lentamente raciocinando:
-Oi Ju.
Minha amiga e eu caímos na gargalhada e na hora me dei conta de que hoje estou realmente sob efeito de lerdeza.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Veronika decide morrer



Na quarta-feira fui dormir quase as duas da manhã arrumando o blog, quando a gente tá fazendo alguma coisa que gosta fica tão empolgada que nem vê o tempo passar, mas no dia seguinte a empolgação não era a mesma.
Acordei as 7h30 da manhã pra ir trabalhar, igual a um urso panda, minhas olheiras vinham no queixo e mesmo tomando um café forte pra me manter acordada, bocejei o dia todo.
Era mais forte do que eu, nem sei como não fiquei com dor no maxilar de tanto bocejar.
Não consegui disfarçar e piorou ainda mais quando voltei do almoço. Tava quase deitando em cima do teclado e tirando uma sonequinha.
Saí do trabalho as 18h e voltei pra casa correndo porque a Ieda ia me visitar as 19h.
Logo que acabou a visita o Thaian me ligou avisando que estava aqui embaixo, me esperando pra ir no cinema. É, eu tinha marcado no dia anterior antes de saber que estaria que nem um zumbi. Como não gosto de desmarcar em cima da hora, tomei outro café forte e fui.
Chegando lá o ingresso do cinema custava só 3 reais, promoção dia. Na hora pensei: Poxa bem que podia ter vindo assistir mais de um!
Mas logo depois me lembrei que mal estava aguentando assistir um, quem dirá dois.
O Thaian foi comprar pipoca e eu fui correndo pra sala porque os traillers já tinham começado e eu adoro vê-los pra depois saber quais filmes valem a pena ou não assistir.
Na hora que sentei na poltrona por incrível que pareça o sono foi embora, até porque não ia pegar nada bem ficar roncando e babando no cinema, afinal de contas fui convidada pra fazer companhia e não pra ser o centro das atenções.
Meu amigo chegou com meu vício, a pipoca, e logo depois o filme começou.
O filme é baseado no livro do Paulo Coelho, Veronika decide morrer.
Como ainda não tive oportunidade de contar pra ninguém sobre o filme e adoro comentar depois que vejo, vou aproveitar pra fazer agora.
O filme fala de uma mulher, que é bonita, mora num apartamento bacana em NY e ganha bem no emprego e mesmo com tudo isso está infeliz.
Ela é uma solitária que não vê sentido na vida e um dia ao chegar em casa decide tomar uma overdose de comprimidos, mas não consegue morrer. Ao acordar do coma em uma clínica psiquiátrica ela descobre que seu plano de suicídio não deu certo, mas que por causa disso seu coração foi afetado e só teria algumas semanas de vida.
Ela fica em assustada e decide que quer morrer no seu tempo e não esperar a morte chegar.
Mais uma vez Veronika tenta se matar, mas não consegue e aos poucos vai conhecendo os pacientes da clínica, lá redescobre sua paixão pelo piano, faz amizades e encontra o amor.
Ela se apaixona por um dos paciente, mas traumatizado com seu passado ele não fala sequer uma palvra a anos.
Os dois redescobrem juntos um sentido na vida e o rapaz até volta a falar.
Ela está prestes a morrer e ele acaba de ressucitar, juntos eles fogem da clínica para aproveitar os últimos momentos.
Na cidade de NY Veronika decide realizar todos seus desejos antes de morrer ao lado de Edward.
Quando ela está prestes a realizar o último desejo de sua vida: ver o mar e o pôr do sol, veronika apaga ao lado do amado.
Ele começa a chorar e logo depois aparece outra cena em que o psiquiatra da clínica pede demissão e vai encontrar uma antiga amiga e sua ex-paciente num parque.
Ele escreve uma carta ao médico que vai assumir seu cargo e conta sobre seus pacientes e métodos.
Ele conta que usou um método incomum em uma de suas pacientes, Veronika, a quem disse que iria morrer porque ela havia tentado se matar e como muitos suicidas têm tendência a repetir o erro, ele queria que ela desse valor a vida e acreditasse que cada dia a mais seria um milagre, o que na verdade não deixa de ser.
Logo depois Verônika acorda ao lado do amado com um belo pôr do sol, para enorme alívio dele e felicidade geral dos telespactatores.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Festa surpresa




Dizem que o mês de agosto é o mês do desgosto, mas acredito que é só uma lenda ou crendice... Vai ver inventaram isso porque rima com desgosto, se tivesse outro mês que acabasse com "osto", por exemplo: "junhosto", talvez esse seria o mês do desgosto!

Mudando um pouquinho o foco do texto, conheço várias pessoas que fazem aniversário nesse mês e uma delas é a mulher que me carregou por nove meses , minha mãe.
Para fugir das comemorações que costumamos fazer, esse ano resolvemos sair pra almoçar e depois pegar um cineminha, só nós 4: Eu, minha mãe e meus irmãos( Natália e Daniel).
Acordamos de manhã cedo, minha mãe ainda dormia. Fui ao mercado e quando cheguei lá me perguntava que tipo de gente era capaz de acordar as 7h30 numa manhã de domingo pra fazer compras no mercado.
Enquanto isso minha irmã,que havia dormido poucas horas por causa do show que havia ido na noite passada, estava no auge de sua preguiça e arrumava tudo enquanto eu não chegava.
Depois que colocamos toda a mesa do café, fomos acordar a aniversariante, cheguei lá e minha mãe estava capotada na cama. A naty que estava doida pra voltar a dormir disse:
- Minha mãe tá dormindo ainda, mais tarde quando ela acordar a gente toma cafá com ela.
As entrelinhas eram: -Cara to caindo de sono, vamos dormir que tá foda!!!
Ai pensei: -Minha mãe sempre acorda cedo, se duvidar ela tá só esperando a gente.
Ao primeiro sinal de cosquinha no pé ela acordou e dei parabéns, claro.
Perguntei se ela estava dormindo e ela me disse que estava só esperando a gente pra tomar café.
Acertei na mosca, pensei eu.
Logo de manhã achei que mesmo querendo fugir da mesmice, aniversário não tem graça sem bolo, vela e família.
Nesse momento tive a idéia de fazer uma festa surpresa e convocar a família.
Liguei pro meu irmão que estava trabalhando e combinei que ele traria o bolo, falaria com as pessoas que estavam faltando, arrumaria a casa e faria a comida pra festa.
Achei até divertido pensar que ele, que nunca tem que se preocupar com os preparativos das festas aqui em casa, fosse ser o anfitrião dessa vez.
O plano era perfeito, o Dan chegou em casa na hora do almoço ligou do elevador pra avisar que estava chegando com o bolo e levamos minha mãe pro quarto pra entregar os presentes. Ele colocou o bolo dentro do armário de roupas e quando saímos pra almoçar ele disse que tinha esquecido a mochila e voltou pra colocar o bolo na geladeira.
Fomos comer numa churrascaria e assim que acabamos, meu irmão foi pro seu campeonato de futebol e nós pro shopping.
Chegando lá assistimos ao filme, o contador de histórias.O filme acabou umas 17h e a festa estava marcada pra 19h.
Ou seja, tivemos que enrolar bastante por lá, pra que minha mãe só chegasse em casa quando a surpresa estivesse pronta.
Essa missão foi mega difícil, já que minha mãe não é do tipo que bate perna em shopping. Ela ficava o tempo inteiro falando que queria ir pra casa e eu tinha que fingir procurar algo que não existia só pra ficar mais tempo no shopping. Entramos em todas as lojas, minha irmã tomou cafezinho, eu fui atrás de objetos imaginários e diversas vezes ao banheiro pra poder falar com meu irmão no celular e saber como estavam os preparativos.
Eram 19h e a família já estava toda lá em casa, meu irmão mandou mensagem avisando que quando estivéssemos perto era pra ligar e avisar para que assim ele pudesse apagar as luzes.
Quando estávamos voltando pra casa minha mãe cismou que tinha que passar na casa da minha avó e inclusive queria saltar do carro pra ir até lá. Eu fiz de tudo, inclusive liguei pra ela se certificar que não adiantava passar que não tinha ninguém em casa.
Ela caiu e fomos pra casa, chegando lá entramos e as luzes do apartamento estava todas apagadas.
Passamos pela portaria, primeiro minha irmã, depois eu e logo em seguida minha mãe. Demos boa noite pro porteiro e no último boa noite, o da minha mãe, o porteiro vira e fala:
- Tá cheio de gente ai em cima.
Minha mãe sem entender nada pergunta:
- Aonde? Lá em casa?
Ele não satisfeito em entregar o jogo diz:
- É, a festa vai ser boa!

Depois de horas bolando o plano perfeito: bolo, comida, vela e convidados no escuro esperando, o porteiro consegue estragar tudo com um único comentário.
Na hora tive vontade de enforcá-lo, mas me segurei e respirei fundo.
O plano era realmente perfeito, mas o porteiro nem tanto.
No fim das contas até que rendeu uma crônica e boas risadas. E é claro que combinamos que no fim da festa quando cada um descesse ia agradecer ao porteiro pela sua descrição.

sábado, 22 de agosto de 2009

Friozinho no Rio




Carioca e chuva são duas coisas que não combinam. Final de semana é de praia, lapa e nenhum dos dois são muito animadores com o tempo assim.
Hoje tá um dia ótimo pra fazer uma coisa:
Ficar em casa embaixo do edredon curtindo o friozinho, comendo bastante!!!
Até pensei em sair e fazer alguma coisa diferente, mas minha preguiça hoje tá acampada aqui em casa.
Por conselho de uma amiga até entrei em uma comunidade nova no orkut:
"A balada hoje é o Eldredon".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Bye-Bye tristeza não precisa voltar"


Adoro escrever quando tem alguma coisa me incomodando e essa é uma dessas ocasiões. Quando escrevo parece que eu dou um grito de desabafo, me sinto mais leve.


Não sei se todos sabem, mas estão abertas a inscrições para o próximo Big Brother, um reality show bastante popular entre os brasileiros.
Nessa onda começei a pensar nas pessoas que representam papéis dentro do programa com intuito de ganhar a bolada de um milhão.
Não me considero totalmente certa de nada, mas acho que não conseguiria ser uma pessoa que não sou.
Não digo que sou um poço de clareza, ou a pessoa mais sincera do mundo.Todo ser humano tem suas falhas e acredito que tanto o bem quanto o mal estão dentro da gente, mas enfim não vou me aprofundar nesse assunto. Voltando ao fato de ser quem não sou, acho que isso é uma característica que me coloca muito a deriva dos fatos.
Por mais que eu tente parecer que estou satisfeita não consigo se não estou feliz.
Se estou chateada com alguém não consigo disfarçar, pode ter certeza que se um dia eu brigar com você isso vai ficar bem escancarado, simplesmente porque não sei disfarçar. Não dá para transparecer algo que não sou ou estou.
Sou do tipo que busca auto-conhecimento e acima de tudo felicidade. Seja no trabalho, no relacionamento amoroso ou até mesmo na vida em família.
Sou do tipo que larga o emprego se estiver muito infeliz e que deixa de batizar um afilhado por não querer afirmar algo que não sou e não querer enganar ninguém..
Abrindo um parênteses nessa história toda: Sou budista e já fui católica por muito anos e por isso acho errado enganar a igeja afirmando que vou encaminhá-lo na vida cristã. Não desrespeito nenhuma religião seja ela qual for e por isso resolvi não batizar meu afilhado, mas me considero madrinha porque acho que posso dar o mesmo carinho e atenção, independente do título que terei.
Só quem me conhece bem sabe o quanto eu sofro, por não querer fazer certas coisas que vão contra meus princípios.Fico dias e dias com aquela angustia mal resolvida, sabendo exatamente o que deve ser feito, mas com medo de estar sendo precipitada.
Eu posso ser meio brega mas acho que temos que ter personalidade para saber o que somos e mente aberta pra aprender coisas novas. Não sou nenhuma bitolada e fechada no meu mundinho e tão pouco do tipo mimada que só faz o que gosta. Muito pelo contrário estou disposta a fazer coisas que não estou muito afim porque sei que podemos aprender até nas piores situações da vida, mas que nem Sandra de Sá dizia: "eu não estou aqui pra sofrer..."

domingo, 9 de agosto de 2009

A liga da justiça


Diferente da maioria dos meus finais de semana, nesse passei por grandes emoções.
Saí do trabalho já de birra, porque quando meu chefe virou e falou:
- Se quiser pode sair mais cedo hoje.
Como qualquer ser humano normal que sou, entendi que podia ir embora. Juntei minhas tralhas e desejei um bom final de semana, afinal de contas o fim de semana tinha começado pra mim.
Quando fui me despedir do meu chefe ele me vira e fala:
- Eu não mandei você ir embora não, só disse que podia sair mais cedo.
Lógico que pedi desculpas pelo mal entendido e perguntei se ele queria que eu voltasse ao trabalho.
Ele vai e me responde:
- Não agora não precisa mais, deixa pra lá.
Saí bufando porque detesto esse tom irônico que as pessoas fazem pra explicitar o que pensam.
Enfim, chutei o balde e deixei pra lá afinal de contas nada iria estragar meu final de semana de descanso e paz.
Não estava muito animada pra sair, mas minha irmã acabou inventando um programa bacana perto de casa e topei ir. Fomos pra um sambinha num barzinho novo que estava inugurando a parte de cima com uma roda de samba.
Chegando lá nos deparamos com um preço diferente do que havia sido anunciado so site do estabelecimento. Achamos estranho, mas como não éramos as primeiras a reclamar o carinha acabou chamando o gerente.
Na espera por ele, acabei avistando uma amiga minha com um grupo enorme e fui lá falar com ela e perguntei se ela estava indo pro sambinha também.
Ela me disse que tinha ido pra lá com esse intuito, mas também viu um preço no site e chegou lá era outro, então eles desistiram de entrar.
Logo depois, eis que surge o gerente do lugar: Um cara mirradinho, sem porte nenhum de gerente que mais parecia o faxineiro.
Dizem que as aparências enganam e várias vezes já comprovei que isso acontece mesmo, mas esse não era o caso no dia. Além de ser mau-educado e não pedir desculpas pelo preço errado, ele fez pouco caso e disse que tinha acabado de entrar no site e viu que o preço era o que ele estava falando e não o que tínhamos visto.
Mais uma vez saí de lá irritadíssima com o péssimo atendimento e revoltada com o gerente que estava afim de enrolar a gente.
Pelo azar dele e nossa sorte, morávamos perto e não tínhamos a intenção de deixar pra lá e esquecer o acontecido.
Fui em casa com minha irmã e minha amiga, entramos na internet e vimos que além de estarmos certas o gerente havia mentido pra gente. Pegamos o laptop e o carro e fomos até lá mostrar a ele o site que ele disse que tinha acabado de ver.
Chegamos lá minha amiga e o grupo dela já haviam ido embora e nós chamamos mais uma vez o gerente, não com a intenção de entrar, mas de fazer justiça.
Quando chegamos com o laptop todos ficaram rindo. Os garçons, seguranças e inclusive a hostess. A cara de todo mundo era: "Puta merda o gerente se ferrou!". Acho que ele não era muito querido entre seus colegas de trabalho também.
Chegamos lá e mostramos o site com o preço certo e ele olhou, olhou e disse:
- Bom no meu computador tá outro preço.
Na hora perguntei se havia outro site porque era impossível haver um site com dois preços diferentes.
É lógico que não havia e ele além de não admitir, disse que se a gente quisesse podia ir no escritório dele ver e comprovar que ele estava falando a verdade.
Continuamos tentando extrair um pouco de verdade dessa confusão toda, mas esse gerente era implacável. Se houvesse um troféu pro cara mais cabeça-dura do mundo ele com certeza seria o líder mundial.
Estávamos revoltadas é claro e explicando a ele que segundo as leis do consumidor, se existem dois preços diferentes num mesmo produto o cliente vai pagar pelo mais barato.
Ele disse que na lógica dele isso não é bem assim, mas enfim não estávamos falando de lógica e sim de lei.
Cansamos de debater com o cidadão e num dado momento estressadas e cansadas, falamos:
-Tudo bem a gente vai lá na sua sala pra ver o preço no seu computador. Sabíamos que essa era a ultima chance de fazer justiça.
Assim que falamos isso ele disse:
-Não, nem pensar. É lógico que não vou abrir minha sala pra vocês, é a minha intimidade.
Rebatemos:
-Como assim você chama a gente pra olhar e depois volta atrás? Até porque sua intimidade é na sua casa, não no seu local de trabalho.
Cansamos da ignorância e senso nenhum de gerência desse cidadão e resolvemos ir embora, mas ainda dispostas a mudar aquela situação. Quando fomos saindo do bar, um segurança chamou a gente de lado e disse que esse gerente era um panaca e que não era pra gente deixar de denunciar porque o dono não sabia nada do que estava se passando por lá.
Saímos exaustas dessa briga, mas muito orgulhosas por não ter deixado passar em branco, como em muitas situações da vida. Até nos denominamos nesse dia de liga da justiça e brindamos com um belo chopp em um outro bar, é claro.

Nosso sábado começou muito melhor, o dia estava lindo e decidimos ir a praia. Eu e as mulheres da liga da justiça!rs
A praia estava perfeita e decidimos dar um pulo na cachoeira após a praia pra dar um mergulho e renovar a alma, se é que isso existe.
Fizemos um trilha ótima e enfim chegamos a cachoeira, que foi um revigorante para nossas tensões do dia anterior.
Após a cachoeira fomos na vista chinesa dar uma olhada no visual que faz juz a nossa cidade maravilhosa!
Se houvesse uma trilha sonora pra esse dia com certeza usaríamos "It´s a beautifull day", do U2.
Voltamos pra casa e depois desses passeios fiquei mega cansada e acabei não saindo a noite.

No domingo de manhã acordei cedo porque tinha que ir na loja do meu pai. Saindo aqui de casa parei num sinal de trânsito e por causa do sol forte o motorista do caminhão atrás acabou batendo na minha traseira.
Fique sem reação e quando saí do carro pra olhar o estrago pude ver que não tinha sido nada demais e deixei pra lá. Arranquei com o carro, mas ouvi um barulho estranho e meu irmão que estava no banco do carona, achou melhor parar. O caminhão parou logo atrás da gente e ligamos pra polícia pra fazer a ocorrência.
Meu pai está viajando de férias e tenho certeza que se ele estivesse aqui ia mandar eu ir embora e deixar pra lá, mas acabei ficando.
O motorista do caminhão era muito gente boa e assim que a polícia chegou fomos dando início aos procedimentos legais.
Logo depois o policial me chamou de canto e disse que o documento do carro estava vencido que iria ter que me rebocar. Na hora pensei: "Que merda!"
Ele disse que nesse caso era melhor não fazer ocorrência, mas nossa placa já havia sido anotada na hora que fizemos a ocorrência e isso implicaria no reboque do carro que estava em situação irregular.
Fiquei muito chateada comigo mesma por ter parado e nesse tempo meu irmão ligou pra nossa madastra, pra avisar que a gente ia se atrasar.
Convencemos o carinha do caminhão a não fazer a ocorrência e ficamos nós três com os dois policiais. Logo depois o policial veio com um papo manso de que tinha um contato e que até poderia resolver nosso problema, mas que iríamos ter que contribuir com o dia dos pais do pessoal que ele tem contato na corporação.
Ou seja, me dêem dinheiro e eu libero vocês.
Na hora fiquei puta e chocada, porque mesmo sabendo que isso acontece muito no Brasil nunca tinha vivenciado uma experiência dessas.
Na hora pensei: "Que merda não quero fazer parte dessa corrupção".
Virei pra minha irmã e falei:" Vamos começar logo esse daimoku mental".
Logo depois minha madastra ligou e disse que a vistoria do carro estava em dia e que provavelmente o documento novo estava pelo carro. Meu irmão então, começou a fuçar o porta-luvas na esperança de encontrar o tal documento, mas não encontrou nada.
Logo depois fui arrumar a bagunça que ele tinha feito e por acaso encontrei o documento.
Na hora deu vontade de rir, pular de alegria e virar pro policial que estava tentando passar a gente pra trás e falar:
- Tá vendo idiota?Não foi dessa vez!
Mas me segurei e disse: Tchau, um bom dia dos pais pra vocês.
A batida foi uma besteira e o barulho também foi resolvido, fiquei feliz, mas muito mais feliz porque não sustentei a corrupção desses policiais.
Apesar de todos os perrengues desse final de semana muito incomum, foram grandes experiências. Umas boas e outras nem tanto, mas o melhor é acabar o final de semana sabendo que fizemos alguma diferença e não desistir de ser justas mesmo nas pequenas coisas do dia-a-dia.
Agora que já fundamos a liga da Justiça, vamos em frente!