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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tropa de elite 2

Hoje finalmente fui ao cinema assistir Tropa de Elite 2. Depois de ficar perdida nos papos entre amigos e com uma curiosidade mórbida, resolvi arrumar um tempinho nesse feriado de finados para assistir ao tão falado filme.

Não tenho muito o que dizer, a maioria de vocês que está lendo esse post já viu o filme e cada uma teceu sua opinião sobre ele, mas o que tenho ouvido por ai é um tipo de opinião "senso comum" . As pessoas parece que entraram todas na mesma sessão e foram passando de ouvido em ouvido os mesmos tipos de comentários.

Tudo o que eu vi hoje no cinema já tinha sido falado, comentado por diferentes amigos em diferentes lugares. Eu particularmente fiquei meio triste com o filme, acho que diferente dos noticiários que as pessoas já acostumaram a digerir junto com as refeições, esse filme ficou entalado na minha garganta.

Uns vibraram, outros aplaudiram e outros assim como eu engoliram aquilo tudo a seco, nem toda água do mundo seria capaz de empurrar toda aquela sujeira goela abaixo.
Os atores estão de parabéns, o diretor idem, agora os políticos e todos os brasileiros e incluo-me nesse pacote, deveríamos nos envergonhar dessa realidade.
Me senti impotente, me senti um grão de arroz incapaz de mudar essa realidade, tropa de elite não escancara somente a corrupção política do país, ela dá um soco no estômago de todos nós.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia dos Desnamorados

Sei que é um tema BEM atípico para ser tratado numa época tão próxima ao dia dos namorados, mas porque não falar? Chega de posts clichês sobre dicas de presentes, textos melososos sobre o amor, receitinhas para apimentar o sexo, enfim vamos esquecer tudo isso e falar sobre Pé na bunda!



Pé na bunda é uma coisa que muita gente já deu ou levou pelo menos uma vez na vida. Eu então já perdi as contas de quantos já dei, mas vou te falar uma coisa: Tomar pé na bunda é difícil viu?
O homem, acredito eu, sempre leva mais pé na bunda do que dá, afinal de contas na maioria das vezes, são eles quem ficam com a difícil tarefa de tomar a inciativa.
Sei que estar em qualquer um dos lados da situação não é nem um pouco agradável. É péssimo ver alguém sofrendo por nossa causa, é de partir o coração. Até porque já tivemos amores platônicos ou não correspondidos e conhecemos bem o outro lado da moeda.

E estar do outro lado, melhor ou pior?

Melhor por um lado, pois não nos preocupamos se o outro vai se atirar da ponte ou engolir uma caixa de comprimidos, mas  pior, porque ser rejeitado é algo que mexe diretamente com nosso orgulho, nossa auto-estima e coração.
E eu não estou falando de qualquer pé na bunda não e sim daquele SENHOR pé na bunda, que te pega de surpresa e você fica até meio atordoado.
Não digo breves relacionamentos em que o cara some e nunca mais liga ou então da mulher que começa a não atender mais os telefonemas. Tô falando do verdadeiro pé na bunda, daquele que demora um tempão pra gente se recuperar e mesmo quando levanta parece que anda meio cambaleando. E esse tempo de recuperação é muito relativo, pode durar anos, meses, semanas,  mas só cada um sabe realmente quando está pronto pra seguir adiante.
Me falaram uma vez e eu não acreditei que fosse verdade, mas TUDO passa. E pode confiar, passa mesmo. Palavra de escoteiro, se eu estiver mentindo pode me mandar um e-mail agora ou bater na porta lá de casa  pra reclamar seus direitos de leitor.

Porém eu sei que pra quem levou um pé na bunda o dia dos namorados é uma data mais delicada, digamos assim.
No dia dos namorados rola uma comoção comercial que te faz lembrar o tempo todo. As vitrines enfeitadas, comerciais na tv, promoções de celular, enfim parece que fica uma laterninha piscando o tempo todo fazendo você lembrar da data, até a Copa do mundo está mais apagada do que o dia dos namorados.


Quem está solteiro começa a ficar desesperado com a proximidade da data, outros levam numa boa. Eu confesso que até a alguns dias atrás eu estava caçando festas para não ficar em casa na noite do dia dos namorados, mas tudo mudou.

Você começa a avaliar todas as possibilidades:

Plano A-Sair com alguém pra preencher a sensação de sentir-se o único que não está em casal nessa data, do tipo: Peguem já seus pares que o dia dos namorados vai começar!!!
Aí você no desespero liga pra aquele cara fofo que você sabe que nunca vai ser seu namorado, mas vai bem como prêmio de consolação.

Plano B-Ir pra festa mais badalada da cidade e ver um monte de gente solteira querendo passar o "rodo" pra não sobrar na "dança dos solteiros".

Plano C- Ficar em casa relembrando todos os pés na bunda que já levou, comprar uma caixa de cerveja e tomar um porre. (Jamais, sob hipótese alguma, tome um porre no dia dos namorados. Conselho de amiga, vai por mim.Você vai ficar mais sucetível a ligar para o ex dito (a) cujo (a) e vai se arrepender no dia seguinte).

Plano D- Agir como uma pessoa sensata e normal, assim como você era antes de lembrar que existia dia dos namorados. E pensar que dia 12 é um sábado como outro qualquer. Uma data que provavelmente vai passar e ano que vem provavelmente, não vamos nem lembrar do que fizemos. Eu sou uma que tô aqui fazendo um esforço danado, mas não consigo lembrar o que fiz no último dia dos namorados.

Acabei optando pelo Plano E. Estou fugindo de todas as possibilidades e criando novas alternativas para esse dia que a priore parece não ter escapatória. É claro que vou evitar, restaurantes, cinemas e motéis, mas o resto do mundo é todo nosso, viva o dia dos Des namorados!

Um sábio amigo meu, recém- solteiro, disse uma coisa outro dia que concordo plenamente: " Antes só do que mal acompanhado",  e se for para estar com alguém no dia de hoje, que seja uma ótima companhia.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Copa de 2010

Será que sou só eu ou tá todo mundo ainda fora do ritmo da Copa?
Para ser muito sincera não sei se estou fora ou dentro das normalidades, mas não me sinto nem um pouco empolgada com essa Copa de 2010. Vejo as matérias no jornal, acompanho as notícias pela internet, assisto à Fátima Bernades lá na Africa do Sul e meu sentimento de Copa é nada, zero mesmo.

Não sei se é porque é a primeira vez que estarei trabalhando numa Copa, se é porque não vejo mais aquela união das turmas que se juntavam para enfeitar a rua, não sei se é porque não vou lá muito com a cara do Dunga. Enfim, não sei porque diabos mas ainda não consigo sentir a mesma coisa que eu sentia em Copas passadas. Antigamente a família se reunia e meu tio adorava fazer churrasco na casa dele, havia competições acirradas da rua mais enfeitada, as crianças pintavam as unhas com as cores da seleção, faziam tatuagens que vinham no jornal com o símbolo do Brasil, eu ia pro Alzirão comemorar cada vitória do Brasil e aquilo lá era uma festa.

                                                                    Rua Alzira Brandão (Alzirão)- RJ


E hoje o que será da nossa Copa???
Eu ainda não sei bem como vai funcionar o esquema de trabalho nas empresas para a Copa. Algumas pessoas serão liberadas , outras compensarão as horas faltantes e outros trabalharão meio expediente.
As ruas provavelmente ficarão desertas e muita gente vai se juntar pra ver o jogo, outras vão seguir sua rotina normalmente e vão aproveitar o tempo livre com outras coisas.

É claro que Copa é sempre Copa e lembro que fiquei triste quando o Brasil perdeu em 2006 pra França. Assim como muitas mulheres não entendo muito de futebol, mas estava bem mais empolagada do que nesse ano.
Tenho algumas boas lembranças da Copa como o Galvão Bueno gritando nas decisões de pênaltis:  "Vai que é tua Tafarellllllll" , lembro do sucesso do Romário e do Bebeto (que por sinal, hoje em dia são coroas), lembro do penteado cafonérrimo do Ronaldo Fenômeno em 1998 (Alguém mais aí lembra? Era parecido com o do Cascão), lembro da emoção do Cafú ao erguer a taça do Penta Campeonato. Bons tempos...



Outro dia passando por uma loja até acabei comprando uma blusinha do Brasil pra ver se entro no ritmo. Já até usei a blusa ( uma graça), mas emoção mesmo de Copa que é bom: Nada! Ainda tô que nem a música do Tim Maia "Espero para ver se você vem...." 

E vocês, lembram das suas últimas copas, qual foi a melhor Copa na Sua Opinião?
E a preparação para os jogos na sua cidade como anda?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vamos ser idiotas


Detesto gente séria demais, crítica demais, fresca demais ou cri-cri demais. Chega de tanta formalidade o tempo todo, vamos ficar mais "a vontade" na nossa própria vida.
Já dizia Arnaldo Jabor "A Idiotice é vital para a felicidade".
É claro que não devemos deixar de trabalhar, estudar, ler bons livros, ter boas maneiras e conhecimentos culturais,  mas que tal parar com esse preconceito bobo sobre as idiotices da vida?
Do que adianta ser profundo, intenso e crítico em todas as situações?
Niguém que ficar ao lado de uma pessoa chata, que nunca sai do salto, que não ri de coisas bobas e que acha que tudo na vida deve seguir script.
Vamos ser mais idiotas e não digo no sentido de ser mau caráter ou estúpido, mas idiota ao ponto de cair e rir do próprio tombo. Vamos rir dos problemas, aposto que uma pitadinha de idiotice vai fazer um bem danado.
Seja idiota ao ponto de não esquecer o que te faz bem e feliz, não se torne uma pessoa que analisa e racionaliza tudo. As pessoas mais racionais são as que aproveitam a vida de menos.
Faça programas idiotas como: brincar de adedanha, fazer jogos de palavras com as letras das placas de carro (coisa boba, mas eu faço isso até hoje), ler gibis, brincar de amarelinha, jogar conversa fora no portão de casa, porque não?
Desenho animado é outra coisa  idiota que é bom pra cacete. Eu adoro sentar de manhã na frente da televisão e assistir, me dá uma sensação de "férias da escola" e mesmo sendo adulta  adoro essas bobeirinhas da vida. Uma dose de idiotice diária faz bem à saúde física e mental.
Eu procuro sempre ter meus momentos de idiotice e quando alguém não gosta, faço uma careta BEM feia e se a pessoa fizer cara de "nossa que infantil", lembro daquela frase: "cara feia pra mim é fome"e sigo meu caminho. Nem todo mundo entende é claro, mas é meu jeito e cada um deve procurar ser idiota à sua maneira.
Não deixe de ser livre porque a sociedade dita esteriótipos a serem seguidos. Vamos inovar, vamos buscar e conviver com as diferenças alheias.
Guarde a seriedade para os momentos certos e use sua idiotice pelo menos algumas vezes durante a semana.
Deixe os problemas do trabalho lá no trabalho e pare de achar que alguém está conspirando contra você. Relações de trabalho são assim mesmo, complicadas, pois convivemos diariamente com as diferenças dos outros.
Discutir a relação em certos momentos é válido,ok. Mas vamos parar de teorizar tudo e ser mais lights com a vida. Chega de ficar reclamando o tempo todo. Que tal se hoje nos esforçamos para relaxar mais e relativizar menos?
Não leve tudo tão a ferro e fogo, a nossa vida segue da maneira que nós escolhemos conduzí-la. Podemos ser mais ou menos idiotas, mais aí é você quem sabe...

"Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! ...a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios, por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".Arnaldo Jabor

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hiperativo


Nessa última sexta-feira, por recomendação de uma amiga, fui assistir à peça Hiperativo no teatro Leblon ( isso mesmo Leblon, bairro que é cenário para as novelas de Manoel Carlos). Fui com duas amigas do trabalho e chegamos bem em cima da hora porque o nosso jantarzinho no japonês atrasou.
Eu já conhecia o trabalho do ator  Paulo Gustavo porque já havia assistido "Minha mãe é uma peça", mas depois de assistir Hiperativo fiquei mais fã ainda.
Compramos os ingressos antecipados e sentamos na segunda fileira para não ficar tão de cara assim com o palco. Doce ilusão... A segunda fileira já era praticamente no palco e acho que todos pensaram igual a gente porque não tinha ninguém sentado na primeira fileira.
Besteira nossa, foi ótimo porque houve interação do começo ao fim e nos sentimos em casa( divertidíssimo).
O espetáculo é um stand up comedy, estilo que está ganhando cada vez mais espaço nos palcos brasileiros.
Adorei a peça e mais uma vez morri de rir com o Paulo, nada como um bom programinha de humor pra levantar o astral da gente e recarregar as baterias da semana cansativa de trabalho.
Paulo Gustavo é carismático, simpático e além de tudo é engraçadíssimo. A peça dura em média uma hora e dá até pra ir pra baladinha depois, já que não acaba muito tarde.
Você ri sem parar do começo ao fim  e não há quem fique sério, acho que nem o cara mais mau-humorado ou a mulher com mais TPM na face da terra conseguiriam não rir.

Muita gente diz rir é o melhor remédio, eu concordo plenamente. Nada como de vez em quando dar uma gagalhadas daquelas de doer a barriga ou que faz a mandíbula fica doendo. Aposto que existem vários estudos que comprovam que o riso é uma ótima solução para os principais problemas das pessoas.


Ou seja, vamos aproveitar para rir e gargalhar cada vez mais!!!

Super recomendo!!!


Endereço: Teatro do Leblon – Rua Conde Bernadotte, 26 Leblon (21) 2529-7700
Horário: quinta a sábado, às 21h30, domingo, às 20h.
Preço: R$ 60 inteira e R$30,00 meia



Endereço: Teatro do Leblon – Rua Conde Bernadotte, 26 Leblon (21) 2529-7700
Horário: sábado, às 19h; domingo, às 18h
Preço: R$ 60 inteira e R$ 30 meia.


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mulheres


Vaidosa, chorona, compreensiva, mãe, guerreira, sensível, forte, otimista, responsável, ciumenta. Somos consumistas (pelo menos a grande maioria é) e compramos mais roupas, sapatos e cosméticos do que conseguiríamos usar durante toda a vida, mas às vezes é necessário fazer umas comprinhas pra aliviar as tensões do dia a dia.
Somos mulheres e às vezes menina também. Na maioria das vezes somos indecisas e achamos que não sabemos o que queremos, mas no fundo sempre sabemos.
Somos mestras em disfarçar o choro com uma bela maquiagem ou de esconder uma angústia por trás de um imenso sorriso.
Não há homem que resista a doçura de uma mulher ou que não perca noites de sono tentando entender a cabeça de uma delas. Cheias de confiança e determinação, mesmo tão "fortes" às vezes parecemos tão indefesas e somos capaz de correr um quarteirão inteiro por causa de uma barata.
E mesmo a noite quando estamos exaustas, usando moletom e pantufas, conseguímos ser tão femininas e sedutoras.

Mas quem foi que disse que ser mulher era fácil?

Tudo mentira!!! Vou te contar um segredo: Somos mestras também em fazer com que as coisas pareçam fáceis, leves e adoramos disfarçar.

Mas a verdade mesmo é que mulher sofre e como sofre...
Mulher tem que ser boa mãe, boa profissional, boa dona de casa, vaidosa, boa de cama e ainda por cima deve executar todas essas tarefas com um sorriso no rosto.
Na época em que as mulheres foram para a praça pública queimar sutiãns aposto que elas queriam reinvindicar direitos iguais e não cobranças a mais. Hoje mulher tem que ser sensível e forte, tudo ao mesmo tempo. Mulher que é sensível demais é dramática e mulher que é forte demais é mulher macho, como ser esse meio termo sem ultrapassar os limites tênues entre um e outro?
Diga lá o que vocês querem de nós por que já somos e fazemos muito mais do que deveria ser na nossa alçada.
Além de ficarmos mestruadas 1 vez por mês durante alguns dias da semana (coisa que nenhum homem fica e jamais poderia entender a dor maldita de uma cólica), ainda temos que ir trabalhar como se nada estivesse acontecendo de anormal. A gente anda com uma coisa que parece uma fralda, sangrando por um buraco (tudo bem vai...sei que exagerei. Hoje em dia existem absorventes minis, mas ainda sim é incômodo passar por isso).
Fora a TPM, que antecende a mestruação e tira quase toda mulher do seu eixo (homens vamos ser bonzinhos e respeitar esse momento em que somos capazes de chorar por causa de um comercial e instantes depois ameaçar o fulaninho que furou a fila do banco).
Mulher é estranha eu sei, sou uma delas e nem eu me entendo às vezes, mas convenhamos que com tantas obrigações assim só podíamos ser meio doidinhas, faz parte do pacote.
Além disso ainda temos que fazer depilação quinzenalmente( Filhinho tu não tá entendendo como isso dói...) Ainda dizem que mulher é fresca, isso é porque não conhecem a dor de uma virilha cavada com faixa. 
As depiladoras por sua vez não são nem um pouco boazinhas, arrancam a cera num puxão sem dó nem piedade. Na minha última sessão chegou até a escorrer uma lágrima e eu crente que ia ver um olhar de compaixão daquela mulher que sofre como eu, mas não. Ela me olhou bem no olho como se dissesse: "Engole o choro e vamos logo com isso minha filha que não tenho todo tempo do mundo".
Fazemos a unha, algumas fazem progressiva, relaxamento e outras químicas capilares, gastamos uma nota preta no salão todo mês.
E a dor do parto?
Eu ainda não tenho como relatar aqui a dor dessa experiência, mas pelas histórias que já ouvi por ai tenho medo só de pensar. Imagina só um ser humano saindo de dentro de mim???
Fora esses "sofrimentos" da vida ocidental ainda existem mulheres lá do outro lado do mundo  que passam por outras coisas muito piores. Um exemplo disso são as gueixas que usam sapatos minúsculos durante toda a sua vida toda para manter os pés pequenos. Abrindo um parênteses (quanto menor o pé mais elegante é na cultura deles).

Sem falar nas mulheres de alguns países africanos e asiáticos que sofrem com a mutilação genital. Muita gente não sabe, mas isso acontece em pleno século XXI e milhares de mulheres passam por esse processo ainda quando criança. Eles retiram o clitóris da mulher, pois acreditam que isso as torna pura e digna de arrumar um marido. Vai se catar né?Morreria solteira e feliz da vida,mas não gostaria de passar por isso.

Além de ser perigoso para a saúde e vida da mulher é um ato de crueldade, preconceito e violação TOTAL dos direitos humanos.
Acho até que deveriam ir lá cortar os bilaus de todos os homens que concordam e apoiam essa prática.

Hoje já repeti algumas vezes pra mim mesmo e pra algumas pessoas que não queria nascer mulher na próxima existência, mas tomei um Postan pra passar a cólica e mudei de idéia. Apesar da revolta juro falei da boca pra fora, mulher tem dessas coisas também. Fala, mas muita das vezes não quer dizer o que foi dito. Vai entender, somos mulheres.


Apesar dessa música falar sobre garotos, ela diz muito sobre as mulheres também...

Sei que esse texto começou de uma forma mais leve e acabou tomando um outro rumo, mas vamos respeitar porque aqui quem vos escreve é uma mulher recém saída da TPM e que está neste exato momento morrendo de cólicas.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Alice no país das maravilhas

Ilustração de Alice cercada pelos personagens do País das Maravilhas, Peter Newell. (1890)


Um dia comentei com um amigo que queria ver o filme "Alice no país das maravilhas" pra minha surpresa ele não esqueceu e um dia cheguei em casa e lá estava o livro em cima da minha cama numa caixa do sedex.
O livro é lindo tanto por fora quanto por dentro e acabei interrompendo a leitura que eu estava fazendo de um outro livro pra me aventurar com Alice.
A história é incrível e apesar de já conhecê-la, adorei relembrar a minha infância.
Cada um tem uma versão para história de Alice, uns dizem que a queda de Alice na toca seria o início da adolescência, já ouvi dizer que o autor estava drogado quando escreveu, outros dizem que Alice na verdade é um menino que tenta lidar com a homosexualidade, mas tudo isso são apenas especulações.
O livro é um clássico e apesar de ser destinado, a princípio, para o público infantil, ele agrada a adultos e crianças. Alice no país das maravilhas ou Alice's Adventures in Wonderland (título riginal em inglês) é uma história fantasiosa sobre questões reais da vida que mexe com a imaginação das pesssoas.
E interessante lê-lo em diferentes momentos da vida, quando criança e depois quando adulto para comparar e ter diferentes entendimentos, o que foi o meu caso. Muitas das coisas que li agora não fizeram muita diferença na época em que eu era mais nova e hoje vejo através de uma perspectiva diferente a conversa que a pequena Alice teve com a lagarta por exemplo. Pra quem nunca leu ou não lembra : A conversa de Alice com a lagarta

Me identifiquei muito com Alice e seu jeito curioso e confuso de ser. Admirei-a também diversas vezes quando falava o que lhe vinha a cabeça mesmo sabendo que aquilo poderia lhe custar a vida. A história pra quem nunca teve a oportunidade de ler foi escrita por um professor de matemática inglês chamado Lewis Carroll e fala sobre uma menininha que cai numa toca de coelho e se depara com uma outra realidade, num mundo cheio de fantasias e aventuras.
Alice tem cerca de 9 anos e durante seu percuso conhece diversos personagens curiosos como o Coelho branco, a duquesa, a lagarta, a rainha e o rei de copas, o gato de Cheshire, o Chapeleiro maluco, a lebre de março, entre outros. Ela é uma menina muito curiosa e impulsiva, diversas vezes se pegou pensando sobre a vida ou esteve triste por que não aguentava mais ficar mudando de tamanho e queria entender toda aquelas maluquices que estavam acontecendo com ela.
Acabei de ler o livro ontem e na próxima semana, dia 21 de abril, o filme estréia aqui no Brasil. Estou curiosa e espero que Tim Burton (diretor do filme) me surpreenda com essa versão em 3D. Confira o trailler oficial e aguardem a estréia! Depois volto aqui pra dizer o que achei do filme...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Rio Submerso

Foto do site G1

Acho que todo o Brasil está acompanhando as tragédias que aconteceram na cidade Maravilhosa nos dias de ontem e hoje. Eu como moradora saí ontem do trabalho acreditando que era só mais uma chuvinha e quando fui trabalhar de manhã sequer levei o guarda-chuva.
Saindo da empresa, lá pelas 18h30 da noite, achei melhor pegar o metrô. Estava uma ventania horrível e por pouco não fui levada junto com o guarda-chuva, que por sinal parecia mais uma guarda-sol (Cavalo dado não se olha os dentes e esse eu peguei emprestado com uma amiga).
Metrô lotado como sempre e lá fui eu em direção ao meu bairro, na zona norte da cidade. Chegando a estação de metrô achei estranho ver tantas pessoas dentro da estação e aos poucos fui me aproximando da saída e encontrando cada vez mais gente. Estavam todos com cara de assustados e ficavam amontoados dentro da estação e pelas escadas. Saí finalmente passando por todas aquelas pessoas e finalmente pude constatar o que estava acontecendo.
A praça Afonso Pena na Tijuca estava completamente alagada, pessoas se abrigavam embaixo das marquises, nenhum carro conseguia passar e o único que se arriscou ficou parado no meio da praça sem poder ir para os lados, pra frente ou pra trás.
A situação estava preta e eu via algumas pessoas se arriscando a atravessar a rua com aquela água barrenta nos joelhos, outros em cima dos bancos no ponto de ônibus e outros assim como eu, sem reação, parados na saída do metrô com o guarda-chuva na mão.
Resolvi me abrigar no supermercado ao lado, como já havia feito numa dessas chuvas há um tempo atrás. Estavam todos na mesma situação, parados na porta do mercado e olhando a chuva que alagava o Rio de Janeiro.Resolvi entrar e ligar para algumas pessoas e mandar mensagens, mas meu celular mal pegava, fiquei andando pelo mercado procurando sinal. Aos poucos fui ligando e avisando outras pessoas para não voltar pra casa, liguei para meu pai pra dizer que eu estava bem, liguei pra casa pra saber se a rua ainda estava alagada e troquei mensagens com alguns amigos.
Uma amiga que saiu junto comigo do trabalho passou mais de 1h no ônibus da Cinelândia até a Lapa, caminho que geralmente se faz em 10 minutos no máximo. Fui me comunicando com ela por mensagem e fomos nos atualizando aos poucos do estado de cada uma.
Eu parada no mercado, cansada de ficar em pé me juntei a galera que colocou a cestinha de compras ao contrário e sentou aguardando a chuva dar trégua.
Ela persistiu e ao contrário do que eu pensei não parou, fiquei por mais de uma hora presa no mercado até encontrar um  amigo todo ensopado. Ele veio andando na chuva sem guarda-chuva e ficou surpreso de me encontrar no mercado porque não sabia que eu morava por ali.
Depois de saber que eu já estava lá há mais de uma hora ele insistiu pra que eu fosse embora, pois não ia parar de chover tão cedo e eu não morava tão longe assim. Dá uma sensação de impotência ficar tanto tempo parado perto de casa, mas não queria enfiar meus pezinhos naquela água cheia de leptospirose.
Depois de um tempinho meu amigo me convenceu a ir pra casa, a situação não estava tão ruim na minha rua, na praça estava muito pior, mas ainda assim fui de lá até o meu prédio fazendo cara feia.
Cheguei em casa aliviada por ter chegado e corri direto pro banheiro pra tomar um bom banho quente. Recebi mais uma mensagem da minha amiga do trabalho, ela ainda estava presa no trânsito do centro e depois de horas presa na Av. Presidente Vargas resolveu saltar do ônibus e ir andando até a estação do metrô na Central.
Conslusão: O trânsito ficou completamente parado, ruas completamente alagadas, muitas pessoas abandonaram seus carros e quem achava que era só mais uma chuvinha, assim como eu, se viu completamente impotente sem poder voltar pra casa.
Hoje acordei com o meu pai ligando dizendo que a situação estava muito ruim e que não era pra ninguém sair de casa, mas não levei a sério e voltei a dormir até a hora de trabalhar.
Logo em seguida me ligou o segurança da empresa dizendo que hoje não haveria expediente devido ao mau tempo. Recebi também uma mensagem em inglês de um dos funcionários falando que não era pra eu ir.
A partir daí a ficha caiu e fui correndo ligar a televisão, vi que a situação era MUITO pior do que eu poderia imaginar, confesso que quando soube que não iria trabalhar fiquei feliz, mas ao ver toda aquela situação me toquei que não dá pra olhar somente para o nosso próprio umbigo.
Vi quanta gente estava passando necessidade, perdendo suas casas para o temporal, gente que perdia gente com os deslizamentos de terra, famílias inteiras deseperadas e o Rio literalmente parou.
As escolas não funcionaram, muitas empresas também não e o trânsito estava um nó. Algumas pessoas estavam desde a noite de ontem tentando voltar pra casa e não conseguiam e eu reclamando de ficar presa por 1h30 no mercado. Isso não foi nada e apesar do caos na cidade me considero muito sortuda porque tenho uma casa que não alagou, não perdi carro, eletrodomésticos, roupas e nem parentes.
Segundos os jornais esse foi o maior volume de chuvas dos últimos 44 anos, o que corresponderia em média a 300 mil piscinas olímpicas cheias, podendo esse número aumentar.
Confesso que fiquei feliz quando soube que passaria o dia de folga, mas depois de ver os estragos causados pela chuva sinto muito pelas vítimas. Fico pensando nas pessoas mais próximas que conhecemos que moram em áreas de riscos e outras que nem conheço mas já me compadeço.Por isso vamos ajudar de alguma forma as pessoas que não tiveram a mesma sorte.



Como ajudar?

Fonte Jornal O Dia: A prefeitura do Rio já organizou um mutirão para arrecadar donativos para auxiliar os cerca de 200 desabrigados após as fortes chuvas que atingiram a cidade do Rio de Janeiro desde às 17h30 desta segunda-feira. A intenção é arrecadar colchonetes, alimentos não-perecíveis, água, além de roupas para serem doados aos necessitados. Ao todo, dez unidades da Guarda Municipal receberão os donativos.

Confira abaixo o endereços dos postos:

- Centro: no Centro Administrativo São Sebastião (sede da Prefeitura - Rua Afonso Cavalcanti, 455, Cidade Nova)

- São Cristóvão: na sede da Guarda (Avenida Pedro II, nº 111)

- Botafogo: na base operacional da GM-Rio (Rua Bambina, nº 37)

- Barra da Tijuca: na 4ª Inspetoria (Avenida Ayrton Senna, nº 2001)

- Madureira: na 6a Inspetoria (Rua Armando Cruz, s/nº)

- Praça Seca: na 7ª Inspetoria (Praça Barão da Taquara, nº 9)

- Lagoa: 2ª Inspetoria (Rua Professor Abelardo Lobo s/nº - embaixo do viaduto Saint Hilaire, na saída do Túnel Rebouças)

- Bangu: na 5ª Inspetoria (Rua Biarritz, s/n)

- Tijuca: na 8ª Inspetoria (Rua Conde de Bonfim, nº 267)

- Campo Grande: na 13ª Inspetoria (Rua Minas de Prata, nº 200)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cantada de metrô


Quinta-feira e já acordei de ressaca.
Na quarta-feira ninguém tinha nada pra fazer aí um amigo que acabou de se mudar resolveu fazer um churrasco pra inaugurar o apê novo. Cheguei em casa morrendo de sono e quase liguei pra avisar que não ia, mas tomei um banho frio, coloquei uma roupa, despertei e fui.
Sentei na estação do metrô e fiquei lá um tempão esperando sem nada pra fazer.Tava totalmente distraída (pra variar), aí do nada alguém fala perto do meu ouvido: "Com licença senhorita, isso que você está usando é Victoria's secrets?"
Quando olhei a cara do dito cujo vi que ele tinha provavelmente a minha idade ou um pouco menos, começei a rir. Respondi um "é" meio confusa, pois imaginei que ele fosse querer puxar assunto depois disso.
Infelizmente eu estava certa, logo em seguida ele pergunta: "É de baunilha?".
Comecei a rir e disse que era Love Spell.
É claro que eu estava gargalhando por dentro e pensando que tipo de menino usa a palavra senhorita e conhece as fragâncias de Victoria's secrets?
O metrô chegou! Ufa, pensei, espero que não tenha sido em voz alta.
Ele seguiu uma direção e eu escolhi exatamente o lado oposto. Ele sentou num lugar que ficava quase de frente pra mim e passou a viagem inteira me olhando.
Eu olhei pros lados, pro teto e não tinha nehuma musiquinha tocando pra cantarolar. Cadê meu livro, porque que eu não trouxe? Ai se arrependimento matasse (ai eu não estaria aqui para passar por isso). Nada melhor do que um livro ou uma revista pra enfiar a cara e fingir que está lendo nessas situações.
O carinha que estava sentando ao meu lado levantou. Quase agarrei o cara pela perna e implorei: Moço volta aquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, fica por favor!!!
Logo em seguida o rapaz que fala senhorita e conhece o cheiro de Victoria's secrets levantou do banco e veio caminhando na minha direção.
Fudeu e agora? Ainda faltam 7 estações.
Ele veio todo sorridente e disse: "Eu não podia deixar você aqui sozinha né? Vim te proteger!"
Na hora quis mandar ele dar meia volta volver, mas simplesmente dei um sorriso desses de Monalisa (Mamãe me ensinou bons modos).
Porque?Porque? Porque?
Sempre me arrependo de ser simpática quando não quero e sempre volto a fazer, é um ciclo vicioso.
Nessa de "me proteger" ele começou a falar sobre assaltos em meios de transportes e dizendo que uma mulher tão bonita não poderia ficar sozinha. Contou as histórias de assalto que ele conhecia e que já tinha acontecido com ele ou com amigos.
Já comecei a ficar assustada, que papo era esse meu amigo?
Das duas uma: Ou ele vai me assaltar ou realmente não sabe desenvolver um diálogo. Rezei para que fosse a segunda opção, melhor ser cantada por um tapado do que um assaltante.
Até que olhando bem ele não era feio não, muito bonitinho até, mas com uma carinha de irmão mais novo impegável.
Tenho uma mania feia de achar que todo menino novinho parece com  meu irmão caçula.Nào só fisicamente, mas o jeito de se vestir, de falar, enfim não consigo pegar. Não rola sabe?
Deixando de lado o lance da "não- atração" o menino começou a perguntar sobre toda a minha vida. Sete estações depois ele já sabia o que eu fazia, pra onde eu estava indo e que uso victoria's secrets Love spell.
Chegou no Largo do Machado, virei pra ele e disse: Chegou minha estação!
Ele olhou com aquele olhar de cachorrinho que pede pra ser adotado no canil e disse: Mas como eu faço pra te ver de novo?
Ai eu comecei a rir e já levantando para saltar falei: A gente se encontra pelo metrô.
Ele insistiu dizendo que seria muito mais difícil me encontrar assim, que seria melhor se eu desse meu e-mail ou telefone pra ele.
Como eu não gosto de nada fácil e também não tinha o menor interesse em encontrar o "Don Juan do metrô" novamente falei: Se for pra ser a gente vai se ver de novo, senão deixa pra lá....
É claro que não acredito nesse papo de destino, às vezes até calha uma coincidência ou outra, mas quando não tô afim prefiro dar uma dessas desculpas de moça educada junto com meu sorriso de Monalisa (até que ele serve pra coisas boas também).

Depois disso fiquei pensando: Vai que eu encontro esse figura de novo? Impossível não é, aposto que ele vai olhar pra mim e falar: Olá senhorita, lembra de mim? Era pra ser viu só?
Imagina só a cena, seria literalmente o destino me pregando uma peça por falar em vão dele.


Descobri que a trident fez algo parecido e reuniu 50 pessoas no metrô em Porto Alegre para avaliar o xaveco alheio.Eles tinham o tempo entre uma estação e outra para avaliar o xaveco do outro,depois trocavam e passavam para o próximo. Foram 576 encontros filmados na íntegra. Confira um pedacinho!


terça-feira, 9 de março de 2010

Quando menos se espera


Lá estava ela na fila do banco usando seu shortinho jeans surrado, com uma camiseta antiga do pink floyd e um coque preso no alto( nesse dia não passou blush como de costume). Até para malhar ela usava blush, pois sua a materna dizia o tempo todo que o blush dava vida e saúde ao rosto da mulher e ela nunca mais esqueceu disso.
Estava com um visual "bem de casa", perfeito pagar as contas no banco e voltar a tempo para alimentar os gatos. Tinha 2 gatos e um amor incondicional por eles que carinhosamente chamava de: Mozart e Beethoven.
Eles haviam se tornado seus maiores companheiros após o término com Ricardo, seu namorado havia 5 anos.
O relacionamento era tranquilo e ponto. Marina tinha uma vida estável e Ricardo era engenheiro, eles poderiam muito bem ter se casado e até pensaram nisso algumas vezes, mas nunca quiseram dar um passo adiante, apesar da família inteira perguntar quando sairia o casório.
No fundo eles percebiam que não tinham sido feitos um para o outro. Eles já não sentiam mais vontade de arriscar, de seduzir, de viajar juntos.Tudo tinha virado uma mesmice, sem nenhum tesão, quase como uma comida sem tempero.
Marina nem sempre tinha sido a mulher mais tranquila do mundo, já fora ciumenta em outras relações, mas há anos que já não sentia mais esse "medo de perder" Ricardo.
E todos os dias eles sonhavam com o dia em que conheceriam alguém que os fizesse sentir aquele friozinho na barriga novamente, que tirariam eles daquela relação preto e branco.
Tudo isso estava muito distante da realidade dos dois e um belo dia Ricardo resolveu tomar a iniciativa. Mandou um e-mail meio sem coragem para a namorada dizendo: "Precisamos conversar."Pensou algumas vezes antes de clicar na tecla enviar, mas mandou antes que mudasse de idéia.
Ela estava no trabalho quando leu e respondeu logo em seguida: "Tudo bem".
Lembrou já ter ouvido de um ex namorado essa mesma frase e sabia que não era coisa boa, mas não se desesperou porque sabia que um dia isso iria acontecer, querendo eles ou não.
Era sexta-feira a noite e Ricardo apareceu todo molhado da chuva com uma cara de cãozinho que caiu do carro de mudança.
Ela olhou e esperou que ele emitisse o som das palavras.
Ela pegou na mão dele e ele começou a chorar sem parar. Ela o abraçou e sem mais palavras eles terminaram. Não bateram boca, não quebraram pratos e muito menos xigaram um ao outro, simplesmente entenderam que era o fim.
A família dos dois não entendiam como aquilo tinha acontecido, afinal de contas eles eram tão "perfeitos" um pro outro. Nunca brigavam e estavam sempre juntos.
Marina fechou a porta e ao invés de sentir-se aliviada pelo fim daquele fardo sentiu-se deprimida. Começou a chorar inconsolavelmente enquanto as amigas diziam que aquilo iria passar e quem sabe eles voltariam.
Aí ela chorou mais ainda, pois apesar de estar sofrendo com a perda do ex, não queria voltar pra aquele namoro sem sal.
Sempre soube que queria algo mais e que seria incapaz de sentir isso com Ricardo e de fazê-lo sentir também. Eles eram o casal mais perfeito e imperfeito da face da terra.
Tinham quase tudo que poderia se querer, mas faltava o algo a mais, o tempero que dava sabor ao relacionamento e eles viviam frustrados e infelizes porque sabiam que só encontrariam isso se tomassem rumos diferentes.
Depois de alguns potes de sorvetes, semanas de solidão, filmes de romance e muita choradeira, Marina resolveu pedir ajuda às universitárias. Lembrou das amigas dos tempos de faculdade e ligou para marcar um programinha.
Lembrou que elas eram super animadas e o melhor: Estavam sempre solteiras! Nada melhor do que sair com amigas solteiras para acabar com uma fossa pós-namoro.
Com cabelo pronto, maquiagem perfeita e vestidinho novo, Marina e as amigas seguiram em direção a mais nova boate de Curitiba. Foram de táxi já que ninguém queria ser a motorista da vez.
Ambiente legal, música ótima e um monte de pirralhos. Deu uma analisada geral e só viu meninos da faixa etária de 18 a 23 anos, o que seria ótimo se ela ainda estivesse nos tempos de matinês . Marina quase quis se afogar na pia do banheiro feminino e pensava: Aonde foram parar as pessoas da minha idade?
Se sentiu a mulher mais velha e feia do lugar, quando derrepente percebeu que os meninos não paravam de olhar pra ela.
Superada a crise de idade, decidiu que aquela seria sua perfect night. Música alta, amigas divertidas, drinks exóticos e ainda por cima estava fazendo sucesso com os "pirralhos"e o melhor sem nenhuma preocupação em seduzir ninguém.Não precisava fazer pose, fingir que era recatada, nada disso tinha importância naquela noite.
Voltou pra casa com uma sensação incrível de felicidade e liberdade. Aí lembrou que deveria ser efeito dos martinis e do Sex on the beach. Imaginou que o dia seguinte seria de ressaca, mas não estava nem aí queria curtir aquele momento.
Acordou com cara de dia anterior e foi assim mesmo pagar a conta de luz vencida no banco da esquina.
Apesar da dor de cabeça sentiu-se leve e sorria pra tudo. Era a sensação de uma mulher apaixonada por si mesmo e que tinha acabado de se redescobrir.
Depois de anos acomodada num relacionamento estável, descobriu-se mulher de novo, enxergou sua personalidade com mais clareza, descobriu-se desejada e cheia de desejos também.
Na fila do banco encontrou uma vizinha, uma daquelas senhorinhas que adoram falar sobre as dores que estão sentindo pelo corpo, mas Marina estava tão leve que nem se incomodou em ouvir as reclamações de Dona Edite.
Estava tão sorridente que parecia ter sido a última ganhadora da mega, foi quando distraída esbarrou sem querer no braço da vizinha e deixou a conta com o dinheiro cair no chão.
Abaixou, pegou e assim que levantou a cabeça viu um moreno de olhos castanhos sorrindo pra ela. (provavelmente ele já estava reparando naquela alegria toda que ela esbanjava). Ela nem se deu conta, mas  quando viu ficou com o rosto completamente ruborizado (nem precisou de blush), sentiu um frio do Alaska no estômago e pensou consigo mesmo que agora tinha voltado a enxergar as cores do mundo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

De volta....

Pessoal sei que eu estava meio sumida, mas é que tem muita coisa acontecendo nesse momento e acabei ficando sem tempo pra vir aqui escrever.
Estou muito feliz em ver que muita gente tem acessado o blog!
Obrigada a todos que lêem, àqueles que reclamam quando fico muito tempo sem postar e aos que riem e se identificam com minhas histórias! Obrigada mesmo!

Um beijo a todos e um ótimo final de semana!

Ele é um fofo...


- Amiga adivinha só...
- Hoje ganhei flores! Um buquê de rosas vermelhas lindo!!!
- De quem? Daquele loirinho do seu trabalho?
- Nãooo, claro que não.
- Já sei, foi do carinha que esbarrou em você na fila do banco e te chamou pra sair.
- Não antes fosse menina. Foi do Felipe.
- Hum, Felipe é aquele que te trata que nem namorada?
-É esse mesmo e depois dessas flores já vi que não tem jeito, vou ter que ligar pra ele e falar que não vai dar certo entre a gente.
-Mas porque amiga? Você sempre reclamou dos cafajestes que conhece por aí, dá uma chance pra ele. Além de lindo, ele é um fofo.
- Ai é que tá. Fofo só é uma qualidade quando nos referimos a uma criança, a um ursinho de pelúcia, ou a um bichinho de estimação.

Fora isso fofo não é um bom sinal. Quando o cara é fofo demais ele vira seu amigo e dificilmente um namorado ou casinho.
O fofo é aquele que você liga quando está carente de elogio, é aquele que ouve seus problemas por horas e não se incomoda, é aquele que sempre liga no dia seguinte quando diz que vai ligar e jamais dá um balão na namorada. O fofo nunca some por um mês e depois reaparece do nada te chamando pra sair.
O fofo está sempre disponível pra você e nunca diz não para os seus pedidos.
O fofo escreve poesias e adora se envolver com pessoas que não estão nem aí para ele, mas ele é fofo....ele entende.
O fofo não é gay, ele tem uma pegada boa, mas nada que te faça perder horas de sono pensando nos beijos dele, ou que te faça ter borboletas no estômago.
O fofo sempre liga na hora marcada e nunca te faz esperar por horas ao lado do telefone numa sexta-feira a noite.
O fofo tem um monte de amigas e você não morre de ciúmes delas, pois sabe que ele é apenas o fofo do grupo.
O fofo é perfeito, aliás ele é quase perfeito, porque ninguém aguenta ficar saindo com um fofo por tanto tempo e pouquíssimas mulheres sentem atração fatal por eles.
Se é que existe mesmo o tal jogo de amor e sedução o fofo é quase um café com leite, ele é neutro nesse jogo.
Os fofos estão por aí, mas não é sempre que eles são tendência. Há épocas da vida como término de relacionamentos, inverno e dia dos namorados, onde eles exercem um papel mais importante.
Nessas datas eles são muito requisitados e é bom ligar com uma certa antecedência.
Eles suprem carências amorosas, emprestam o ombro amigo, saem pra jantar e adoram ouvir sobre histórias da sua vida, mas não engane-se ele não é casinho que você enrola por meses. O fofo gosta de namorar e está disposto a se envolver numa relação mais séria.
Por isso amiga se um dia um fofo lhe mandar flores e você não estiver pronta para promovê-lo ao cargo de namorado, pule fora antes que seja tarde demais.
Afinal de contas, ninguém quer magoar um fofo.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Leveza da alma

Não sei se é porque hoje é sexta-feira, mas estou sentindo uma leveza incrível na alma.
Sabe quando você sente que tá relaxada e nada mais tem tanta importância assim?
Estou me sentindo revigorada, parece até que andei no calçadão e tomei uma água de cocô, mas não, apenas estou me sentindo assim sem motivos óbvios.
Tudo bem que sou uma pessoa meio complicada. Estou bem pra caramba e as vezes fico pra baixo ou em crise comigo mesma, mas que atire a primeira pedra quem nunca ficou.
Vai entender que diabos é essa leveza da alma, só sei que quero ela pra sempre.
Sabe quando você sente que algo muito bom está para acontecer? Ou até mesmo quando você acorda feliz porque é seu aniversário ou é Natal?
É mais ou menos assim que estou hoje.
Andei me preocupando muito com algumas coisas nos últimos meses e hoje finalmente vi que as coisas estavam dando muito certo. Me desespero com muita facilidade e cobro muito de mim mesma, mas percebi que não dá pra viver assim.
Descobri que a gente pode até não ter tudo que quer, mas quando se tem essa leveza da alma se tem tudo que é fundamental pra viver: Bom humor, sorriso, otimismo e paz interior.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

No escurinho de casa


Hoje em dia com a tecnologia tudo fica mais simples!Não precisamos mais sair de casa pra nada. Descobri há pouco tempo uma locadora onde consigo resolver tudo sentada da minha cadeirinha.
Fiz meu cadastro pela internet, meus pedidos também e ao final do expediente de trabalho o menino da locadora vem aqui me entregar. Eu apenas levanto da cadeira para atendê-lo e nem preciso assinar nada.
Alguns dias depois o tal menino volta, eu entrego os filmes e pago.
Tudo assim simples e rápido. Com isso tenho assistido vários filmes e admirado cada vez mais a sétima arte.
Sempre gostei de ver filmes, mas acho eu que por preguiça acabava indo ao cinema ou alugando muito de vez em quando.
Os últimos que vi foram: Garotas do calendário, Uma prova de amor, O menino do Pijama listrado, Leões e cordeiros e um outro que não lembro o nome.
Tirando esseque nem consigo lembrar o nome todos os outros eu indico.
Garotas do calendário é um filme meio antigo e acabei pegando porque li sobre ele numa crônica da Martha Medeiros, simplesmente amei. É divertido, leve e explora a sensualidade ao invés da sexualidade que é o que estamos acostumados a ver.
Ele fala sobre senhorinhas de uma cidade pacata que decidem posar nuas para um calendário beneficente e despertando o interesse e curiosidade de todos.
Uma prova de amor é lindo! Ele conta a história de uma menina (Anna) que foi concebida para ajudar a prolongar a vida da irmã (Kate) que tem leucemia. Anna viveu grande parte da sua vida doando ógãos, fazendo transfusões e se submetendo a cirurgias para ajudar sua irmã doente. Porém ela chega a um ponto da vida que começa a questionar tudo isso e toma uma decisão que muda o destino da família.
Leões e cordeiros achei bacana, mas é um filme do tipo que deve ser assistido mais de uma vez para que possa ser totalmente compreendido, por isso não vou tecer nenhum tipo de comentário, apenas vou dizer que o final deixou um pouco a desejar.
O menino do pijama listrado vi ontem e achei muito bom! A história se passa na Alemanha no período da segunda guerra mundial. Bruno, personagem principal, é filho de um soldado nazista que assume um cargo num campo de concentração e lá ele conhece uma criança judia de sua idade que mora do outro lado da cerca. Os dois viram grandes amigos. No filme conseguimos perceber como o preoconceito pode afetar a vida de pessoas inocentes, especialmente as crianças.

Fica aí a dica e o site da locadora pra quem é apaixonado por filmes e preguiçoso como eu:

http://www.longametragem.com.br/default.asp


No site já fiz até uma listinha de desejos com os que ainda quero alugar. Já deve ter mais de dez.
Boa sessão para todos!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ô abre alas que eu quero passar...


Faltam apenas 16 dias para uma das datas mais esperadas do ano: O Carnaval!!!

Estou super empolgada e na maior expectativa!!!
Depois de fazer uma retrospectiva me dei conta de que há 3 anos não tenho Carnaval, então decidi que esse ano quero ter "O Carnaval".
Hospedagem e transporte enfim comprados agora só falta a fantasia! A propósito aceito sugestões!
Ah e pra quem não sabe o Carnaval no Rio já começou faz tempo, os bloquinhos estão saindo toda semana. Pra quem gosta de carnaval essa aí é a listinha com alguns blocos que tenho para esse final de semana:

30-Jan- 18h: ACONTECEU nas Ruas Áurea com Rua Monte Alegre – Santa Teresa
30-Jan- a definir: SPANTA NENÉM no Parque dos Patins
30-Jan- 12h: GB BLOCO na Rua das Laranjeiras esquina com Rua General Glicério.
30-Jan- 12h: EU VOU MAS EU VOLTO na Av. Abelardo Bueno, no estacionamento do Autódromo – Barra
30-Jan-13h: BLOCO JPA FOLIA na Rua Barão, n. 1108 – Praça Seca
30-Jan-13h: RIO CARIOCA na Rua Ipiranga – Laranjeiras
30-Jan-14h:BOÊMIOS DE SÃO CRISTOVÃO no Largo Pedro Lubian – São Cristovão 30-Jan-14h:TAMBORIM SENSAÇÃO no Entorno do Campo de São Cristovão – São Cristovão
30-Jan-15h: IMPRENSA QUE EU GAMO na Rua Gago Coutinho – Laranjeiras
30-Jan-16h: RIO MARACATU em frente a Fundição Progresso – Lapa
30-Jan-16h:DESLIGA DA JUSTIÇA na Praça Santos Dumont – Gávea
30-Jan-16h: BANDA DE IPANEMA na Rua Gomes Careneiro – Ipanema
30-Jan-17h: BLOCO CARNAVALESCO FLACK na Rua Magalhães Castro – Rocha
30-Jan-17h:BANDA DA ESTUDANTINA MUSICAL na Praça Mauá – Centro
30-Jan-18h:BLOCO SACO DO NOEL na Praça Maracanã - Vila Isabel
30-Jan-18h:NEM MUDA, NEM SAI DE CIMA na Avenida Maracanã com Rua Garibaldi
31-Jan-10h: BAGUNÇA MEU CORETO naPraça São Salvador em Laranjeiras
31-Jan-11h:CHORA, ME LIGA na Avenida Delfim Moreira, Posto 12 – Leblon
31-Jan-12h: BLOCO ME ESQUECE na Praça AtahualpaLeblon
31-Jan-13h:CALMA, CALMA, SUA PIRANHA na Esquina Rua Visconde de Caravelas com Rua Real Grandeza
31-Jan-13h:TUDO NOSSO, TAMO JUNTO na Rua Gago Coutinho – Laranjeiras
31-Jan-14h: ACADÊMICOS DO VIDIGAL na Avenida Delfim Moreira, Posto 12 – Leblon
31-Jan-15h:BLOCO DO ARRASTA na Rua Jornalista Orlando Dantas
31-Jan-15h: AI QUE VERGONHA! Calçadão da p. de São Conrado, em frente ao Hotel Nacional
31-Jan-15h: FOLIA COM CRISTO na Rua IpinambésTaquara



Essa listinha é claro pode sofrer alterações de horários, mas tem para todos os gostos e bairros, aproveitem!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Eu quero mais é beijar na boca


Tenho escutado muito essa música de axé por aí e parece que ela emplacou nas paradas. Esse trechinho "Eu quero mais é beijar na boca" é apenas o refrão dela, mas acho que já dá pra imaginar do que se trata.
Provavelmente é a letra "perfeita" pra quem acaba de levar um pé na bunda e só quer saber de curtir a vida, beijando outras bocas e galinhando por aí.
Nada contra os solteiros, eu inclusive posso me incluir nesse grupo, mas nem por isso saio por ai beijando um monte de bocas.
Estamos vivendo na era do express, do fast food, da correria, da comida congelada, da academia 24 horas, da foto instantânea.
Ninguém tem mais tempo pra nada quem dirá pra se apaixonar.
Dá muito trabalho conhecer, trocar telefone, marcar encontro, descobrir as manias dela, conhecer a família dele, aguentar as crises. Pra quê?
-Dá muito trabalho prefiro aproveitar a vida! Esse é o álibi dos solteiros convictos.
É muito mais fácil ir pras boates, pras micaretas, pras raves, tomar uns gorós e beijar uma menina qualquer sem compromisso, sem preocupação.
E o mesmo vale para as mulheres, que diga-se de passagem não ficam atrás nessa história não. Elas parecem que resolveram sair pro jogo atacando com tudo.
Ai fico me perguntando: O que houve com a troca de olhares, com a timidez, com o friozinho na barriga, com a intimidade?
Acredito que assim como o amor eles saíram de moda.
A paixão por sua vez anda em alta e está por aí tatuada nos corpos dos namorados, nas capas de revista e nos relacionamentos relâmpagos que surgem com força total! Alguns famosos declaram toda semana que enfim encontraram o verdadeiro amor.
As pessoas saem por ai curtindo e agindo como se o mundo fosse acabar amanhã. Pra quê pressa?
Segundo Cazuza "O Tempo não pára", mas nem por isso precisamos acompanhar esse ritmo frenético do mundo moderno. O que custa admirar a natureza, pensar na vida, ler um livro sem pressa de chegar ao fim?
Custa tempo, coisa escassa nesse dia-a -dia corrido da gente.
Juro que essa crônica não é uma crítica a música da Cláudia Leite ou ao estilo de vida das pessoas, afinal de contas cada um tem seu ritmo. Contudo tenho observado que as relações por aí andam cada vez mais apressadas e superficiais. Tudo é pra ontem, não há tempo a perder.
Hoje beija-se mais e conhece-se cada vez menos.
Arrumar namorado (a) parece que virou algo mecânico para algumas pessoas. Parece refúgio de quem está cansado da pegação quando deveria ser exatamente o contrário.
Namorar deveria ser algo por extrema necessidade, quando se gosta tanto que é impossível pensar no outro sem querer estar junto.
Alguém já dizia:" A pressa é inimiga da perfeiçao".
E ao que me parece dos relacionamentos também...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A arte de escrever


Hoje descobri através de uma amiga da faculdade que agora existe uma matéria na nova grade curricular que chama "Projetos 4", ondeos alunos de jornalismo terão que escrever um livro.
Fiquei abismada porque acho que escrever um livro não deveria ser uma obrigatoriedade ou algo que valesse nota, escrever vai muito além disso.
Escrever um livro deve ser uma vontade que vem da alma. Escrever é comprometer-se consigo mesmo, é revelar, é viver a história, é doar-se por inteiro é colocar a si mesmo no papel.
Eu sempre tive o sonho de escrever um livro, mas até hoje não sei sobre o que poderia ser a história. Quero contar algo que cause suspiros, emoção, que prenda a atenção de quem está lendo do incício ao fim.
Quando enfim conseguir colocar no papel meus pensamentos, quero que o leitor se identifique, se entregue e por alguns momentos até esqueça os problemas do dia-a-dia.
Escrevo porque me sinto bem. Escrever assim como pra quem gosta de ler, me liberta de mim mesma. Quando escrevo até esqueço do mundo lá fora.
Sei que ainda falta muito para eu chegar lá. Pretendo um dia fazer um curso para aprimorar a minha escrita que ainda não considero digna de um livro, enquanto isso vou lendo e aprendendo
nas palavras de outras pessoas e quem sabe um dia outras pessoas lerão as minhas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Purgatório da beleza e do caos

Carnaval está chegando e quanto mais perto chega dessa época, mais preocupadas com o corpo as pessoas vão ficando! Parece que essa data representa uma bomba relógio da Saradisse!
Todo mundo entra na academia esperando compensar todos os brigadeiros, pizzas e cervejinhas ou então ganhar um corpo fora do comum. Os homens ficam naquele esquema de sorvetinho(forte em cima e fino embaixo) e as mulheres se matam para conseguir uma barriga da capa da revista "Boa Forma", ou bumbum de passista.
Fico me perguntando quanto vale a aparência física?
No carnaval ela é mais do que supervalorizada e por morar em um lugar de praias, mais ainda! O Rio 40 graus não tem espaço para as mais cheinhas ou para magrelos.
Se existe um padrão de corpos é nesse barco que não quero estar!
Já somos exigidos por tantas coisas como:
Fazer uma faculdade
Conseguir um bom emprego
Ter estabilidade financeira e isso de certa forma deve estar atrelado ao seu "bom emprego"
Casar e ter filhos
Ser uma boa namorada (o), depois um boa esposa/marido e mais futuramente uma boa mãe/pai
São tantas as cobranças que me preocupar com o corpo é uma das responsabilidades que não quero ter.
Dei sorte em ter nascido magrinha, mas nem por isso fico horas na academia tentando conseguir um corpo "padronizado" ou tomando um monte de comprimidos e injeçõs para secar ou ganhar massa.
Ir a academia para malhar tudo bem, mas para ganhar um corpo daqueles de mulher com nome de fruta está muito fora dos meus padrões.
Penso a longo prazo e acho que muita gente está tão compenetrado nos padrões atuais da mídia que até esqueceram o que querem.
Hoje homem forte está com tudo, mulher estilo fruta (cintura fina, perna grossa, peitão e bundão) também.
Agora vai saber qual será o padrão dos próximos anos e o que eles vão fazer para acompanhar a estação dos corpos sarados?
Eu ainda torço por um mundo não padrão onde os homens são menos neuróticos com o diâmetro do braço e as mulheres são mais reais e não têm apelidos de frutas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Lembrança e desapego


O ano de 2010 chegou e diga-se de passagem já entrou com o pé direito. Meu reveillon foi inesquecível e mais do que surpreendente, mas esse pode ser um assunto para uma outra
ocasião.

Hoje eu estava em casa já suando em bicas por causa desse tempinho super abafado do Rio de Janeiro e impaciente com o calor e com a bagunça, resolvi fazer uma boa arrumação nas coisas que ficaram pendentes em 2009. Decidi que esse ano vai começar de forma mais tranquila!
Não digo tranquilo no sentido de morno porque acho que não nasci para o meio termo, ou as coisas são ou não são, o sentido de morno parece ser algo que nunca é por completo. Um relacionamento que é morno, por exemplo, pode ser considerado meio frio ou meio quente e que eu saiba morno não foi e nunca vai ser grande lá grande coisa.
Mudando de assunto e voltando para minha arrumação de 2010, hoje começei a jogar um monte de coisas fora. Encontrei papéis velhos, adesivos que já perderam a cola, cds sem capa, disquete, canetas que não funcionam, óculos sem perna, chaveiros mega antigos, cartões de dentista e etc, papeizinhos de cartão de crédito de mil anos atrás, enfim tinha de tudo e olha que nem cheguei na metade da arrumação.
As melhores lembranças separei numa seção que nomeei de "Memories", lá eu coloquei várias coisinhas importantes e bobas que recebi durante minha vida como:

Cartinhas de namorados e admiradores antigos
Pedaço de caixa de bombom e fitilho de bouquet de flores de namorados
Cartinhas que eu fiz pra mim mesma com 13 anos de idade com questionamentos sobre a alma gêmea e que eu não conseguiria responder até hoje.
Vários cartões de flores que recebi do meu pai ( ele ganhou o prêmio do envio de flores e cartões na minha seção...rs)
Cartinhas e bilhetes de amigas do segundo grau
Boletim de colégio também do segundo grau
Um desenho que fiz pra minha psicóloga onde me desenhei com um piercing no umbigo e ainda fiz uma setinha escrita- gostaria de ter (detalhe que eu coloquei meu piercing eu tinha uns 16 anos)
O convite de aniversário de 15 anos da minha prima que hoje tem 24 anos.
Duas fotos autografadas do cantor Belo (sim meu passado me condena!!!)
Foto do meu tio querido que se foi...
Poemas antigos de março de 2004.
Na mesma folha do poema uma listinha de coisas a fazer. Passam-se os anos e a minha mania de fazer listas do que eu tenho que fazer nunca passa. Não sou metódica, muito pelo contrário sou até bem esquecida e por isso até hoje faço as listinhas. Elas estão por toda parte: nos cadernos da escola, de faculdade e em papeizinhos avulsos.
Achei também um texto com um diálogo que apresentei no curso de férias de teatro.
Uma coletênea de textos que eu recortava da revista do Globo da minha autora favorita: Martha Medeiros.
Na hora em que me vi no meio daquilo tudo pensei que mudamos muito com o tempo, mas também conservamos muito do que éramos na infância, adolescência e juventude.
Nessa onda de me desapegar de coisas inúteis e conservar aquelas que quero lembrar pra sempre resolvi também fazer uma bela "limpa" no meu armário. Doeei algumas roupas e me senti até mais leve com isso. Afinal de contas minhas gavetas não estavam mais fechando e tinha roupas que eu já não usava há anos e guardava com pena de me desfazer.
Vira e mexe faço essas "faxinas", mas demora bastante até eu tomar coragem de arrumar tudo e hoje foi um dia daqueles cheio de disposição e desapego.
Hoje a lixeira ficou lotada, me desfiz de tanta coisa que não consigo nem imaginar aonde cabia tudo aquilo, acho que se eu tivesse espaço físico guardaria muito mais. Ainda assim o que não cabe aqui em casa ou se desfaz com o tempo eu acabo guardando em outro lugar, um que é muito mais especial e que comporta muito mais do que papéis ou recortes.